Santa Catarina deve passar o Rio de Janeiro e assumir o terceiro lugar entre os Estados com o maior PIB per capito do Brasil. É o que diz uma matéria do jornal Valor Econômico, que indica que o Estado catarinense está mais rico do que o RJ, desde o ano passado. São Paulo e Brasília lideram.

Antes que o governo de Carlos Moisés da Silva (PSL), puxe os louros para si, é importante destacar que antes da onda Bolsonaro que foi o único fator que o levou a comandar o Estado, os números já apresentavam melhora.

Para ter uma ideia, a série histórica da Fundação Getúlio Vargas aponta que entre os anos de 2002 e 2017, o PIB brasileiro cresceu 42,5%, enquanto que o PIB catarinense teve um crescimento quase igual, de 42,4%, e isso se deve ao emprego gerado pela indústria catarinense que é a maior força no mercado de trabalho.

Já quanto ao PIB per capito, Santa Catarina apresentou um crescimento no mesmo período de 12,5%, enquanto que o Rio de Janeiro que está perdendo espaço para nós, cresceu 8,6%, porém, se considerarmos os números de 2018 que serão apresentados no próximo ano, a diferença é ainda maior, com SC crescendo 14,5%, enquanto que o Estado Fluminense ficou em apenas 5,2%, mesmo com os royalties do petróleo.

Segundo cálculos feitos pela Tendências Consultoria, desde 2017 Santa Catarina já ocupa o terceiro lugar, pois apresentou em valores relacionados ao seu PIB per capito, R$ 39.685, enquanto que o Rio de Janeiro ficou com R$ 39.373.

A matéria destaca a diferença entre os valores projetados pela Tendências e pela Fundação Getúlio Vargas, o que se justifica na estimativa populacional usada nos cálculos, mas o fato é que os dois levantamentos mostram que a economia catarinense tem crescido e, o Estado tem ficado mais rico, mesmo com todos os problemas econômicos enfrentados pelo país.

 

Arrecadação

O aumento da arrecadação atual de Santa Catarina também deve ser visto baseado na realidade, não em discursos políticos e projeções que não se cumpriram. No ano passado o atual secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli, já ocupava o cargo, tendo sido nomeado pelo então governador, Eduardo Pinho Moreira (MDB). Foi Eli quem fez a previsão no orçamento para este ano, de crescimento da arrecadação em 7%, porém, o arrecadado superou o estimado chegando a um crescimento de 12,67%, o que reflete em R$ 2 bilhões de receita a mais do que o orçado para este ano. O fato é que segundo especialistas, foi superestimada a despesa e subestimada a receita, gerando um déficit não real que somente serve para sustentar o discurso do atual governo, de que fez um milagre para recuperar a economia do Estado.

 

Borba na Celesc: A resposta

Segue a nota enviada pela assessoria de imprensa da Casa Civil do Governo do Estado, em resposta a nota divulgada ontem pelo SCemPauta, a respeito da nomeação do secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba, no Conselho Fiscal da Celesc. Segue:

“Não condiz com a realidade a projeção divulgada pelo blog SC em Pauta nesta segunda-feira, 9, a respeito dos vencimentos do chefe da Casa Civil, Douglas Borba, como membro do Conselho Fiscal da Celesc. Diferentemente do valor de R$ 30 mil como sugere o site, a remuneração bruta verdadeira é de cerca de R$ 5,7 mil. Com as deduções, a remuneração líquida resulta em R$ 5,1 mil. Os dados estão disponíveis e abertos ao público no Portal da Transparência da Celesc.” – Assessoria de Comunicação da Casa Civil.

 

Sobre o Jetom

Na coluna de ontem escrevi o seguinte: “Somente hoje (Ontem) terei a confirmação, mas a informação é de que o jetom, valor pago nos conselhos deve chegar aos R$ 30 mil. Se o valor se confirmar, somado ao salário pago pelo cargo de secretário, Borba soma um ganho maior do que o do governador”. Como é possível notar, escrevi que confirmaria a informação de que nos conselhos o Jetom deve chegar aos R$ 30 mil, valor que é pago sim em vários conselhos pelo Brasil a fora. Por outro lado, é importante o esclarecimento da Casa Civil, muito embora, é necessário perguntar: Será que na condição de secretário de Estado, Douglas Borba precisa ganhar mais esses R$ 5 mil? Além disso, como o governo é técnico, pelo menos é o que prega o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), Borba não teria uma demanda suficiente de trabalho na Casa Civil, onde teria que se dedicar, ao invés de dividir o seu tempo entre a secretaria e o conselho?!

 

Minotto em Criciúma

O deputado estadual, Rodrigo Minotto (PDT), tem sido fiel ao governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), porém, ele espera a reciproca na eleição à Prefeitura de Criciúma. Minotto é pré-candidato e conta com o apoio de Moisés, que já teria sinalizado que estará no palanque do pedetista.

 

Fundo Eleitoral

A Associação Empresarial de Joinville (ACIJ), preparou uma lista com os nomes dos parlamentares catarinenses e, como votaram no projeto do orçamento que previa o aumento do fundo eleitoral. A entidade é contra o acréscimo no valor. De acordo com o presidente, João Martinelli, o aumento será custeado pelos tributos pagos por contribuintes e pelo setor produtivo. “No mês de setembro a entidade enviou documento com argumentos para se posicionarem contrários, porque não há como a sociedade custear quem busca se eleger à custa do cidadão”, afirmou. Com a aprovação as campanhas terão R$ 2,5 bilhões a mais, sendo que o valor deve chegar aos R$ 3,7 bilhões. Quando não há eleição, os valores ficam para os partidos.

 

Lista

A lista que está sendo divulgada pela Associação Empresarial de Joinville (ACIJ), destaca que entre os senadores, Jorginho Mello (PL) e Dário Berger (MDB) votaram contra o acréscimo no valor, enquanto que Esperidião Amin (Progressistas) se ausentou. Além deles, os deputados federais, Celso Maldaner (MDB), Coronel Armando (PSL), Darci de Matos (PSD), Gilson Marques (Novo), Pedro Uczai (PT), Ricardo Guidi (PSD) e Rogério Peninha Mendonça (MDB), foram contrários ao aumento.

 

A favor

Votaram a favor do aumento do Fundo Eleitoral, os deputados federais Carmen Zanotto (Cidadania), Caroline de Toni (PSL), Carlos Chiodini (MDB), Daniel Freitas (PSL), Geovania de Sá (PSDB), Hélio Costa (Republicanos) e Rodrigo Coelho (PSB). Já os deputados Ângela Amin (Progressistas) e Fábio Schiochet (PSL) não compareceram.

 

Naatz na disputa

O deputado estadual, Ivan Naatz (PV), não descarta a possibilidade de disputar a Prefeitura de Blumenau. Ele tem sido estimulado pelo senador Jorginho Mello, que preside o seu futuro partido, o PL. Nos bastidores é dito que Naatz contará com o apoio do presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem partido), em costura que será feita por Mello, que é um dos principais apoiadores do Governo Federal. “Se for bom para o partido eu vou, depende de algumas conversas”, disse Naatz, que já disputou a majoritária em Blumenau.

 

Disputa com Alba

Amigos de infância, os deputados estaduais Ivan Naatz (PV) e Ricardo Alba (PSL), estarão em lados opostos na eleição à Prefeitura de Blumenau. O que mais chama a atenção, é que Alba que ficará no PSL, não poderá usar o discurso de que será um candidato ligado ao presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem partido), já que esse apoio deve ser dado a Ivan Naatz (PV).