Ainda não temos a data para retomarmos nossas vidas como antes, se é que alguém quer manter tudo, absolutamente tudo, igual a antes da pandemia. Mas nesta semana as notícias sobre as vacinas que estão sendo produzidas e, em alguns países, já sendo aplicadas em grupos de pessoas, nos deixam esperançosos.

Fé é certeza e cada um tem a sua. Esperança é expectativa de que algo que se deseja muito vai acontecer. Ambas são importantes neste momento que vivemos. É importante, também, que mesmo diante deste cenário mais otimista, nos mantenhamos firmes na prevenção ao contágio pelo coronavírus. Ao mesmo tempo em que a produção de vacinas no mundo toma conta dos noticiários, da mesma forma nos causa extrema preocupação os percentuais de ocupação de leitos Covid nos hospitais públicos e privados que chegam, em média, a 90%.

Se não bastasse tudo isso, ainda precisamos manter a esperança e a fé mesmo com a inaceitável politização da saúde, ou da vacina, como queriam. Alguns governadores querem se notabilizar enquanto o governo federal manifesta a intenção de imunizar todos os brasileiros após certificação da Anvisa à alguma destas vacinas anunciadas e, sobre pressões, tem apresentado ruídos na comunicação.

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) quer que o governo federal providencie a contratação de todas as vacinas reconhecidas como eficazes e seguras contra a Covid-19 e assuma a responsabilidade pela distribuição para todas as unidades da Federação de forma urgente e equânime. Em Santa Catarina, a Federação Nacional dos Municípios (Fecam) formaliza nesta quinta-feira (10), às 14h, o protocolo de intenções com o Instituto Butantan, em São Paulo. A entidade deixa claro o interesse dos municípios catarinenses em adquirir a vacina Coronavac, do laboratório Sinovac, após a aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Esta é a mesma vacina que o governador de São Paulo João Dória autorizou em seu estado, sem a tal da licença.

Este é um processo que exige transparência e rapidez. Ainda nesta quarta-feira o ministro da Saúde Eduardo Pazuello disse que o início da vacinação pode se dar ainda  neste mês. Ainda não sabemos se a Pfizer, por exemplo, conseguiria enviar ao Brasil as doses necessárias para o desenvolvimento do plano de vacinação que, aliás, também ainda não conhecemos.

Tenho fé e tenho esperança, mas sou daquelas que aprendeu que prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém. Cuidem-se.