O ex-ministro Manoel Dias informou que a executiva estadual do PDT se reúne na próxima quarta-feira, para discutir a situação da deputada estadual, Ana Paula da Silva, a Paulinha (PDT), que contra a vontade do partido assumiu a liderança do governo de Carlos Moisés da Silva (PSL) na Assembleia Legislativa.

Segundo Maneca, o partido não pode aceitar a situação que foi colocada pela parlamentar e deve iniciar um processo disciplinar, devendo alegar a prática de infidelidade partidária. Caso realmente o partido opte por essa acusação, pode ser dado início a um processo pedindo o mandato de Paulinha. Dias alega que há uma grande diferença ideológica entre o PDT e o PSL e, que uma aproximação fere as bandeiras trabalhistas. “O PDT é um partido de esquerda, socialista democrático e não pode se unir a quem apoia a retirada dos direitos dos trabalhadores”, disse Maneca.

Ainda de acordo com o ex-ministro, o relacionamento do partido com Paulinha se tornou difícil, pois, segundo ele, a deputada está agredindo a todos. “Ela não discute política. Contesta a existência do partido em um discurso próprio das organizações clandestinas e paralelas, que estão sendo organizadas no Brasil para tentar criar uma nova realidade, sem ideologia”, acusou.

Questionado se o partido queria cargos no governo Moisés, Manoel Dias afirmou categoricamente que não, pois seria um desacato à história do PDT. Ele também diz que o partido nunca foi consultado sobre o convite feito pelo governador à deputada.