Bolsonaro pode perder poder para Mourão.

A facada de Adélio Bispo no então candidato, Jair Bolsonaro (PSL), foi tão profunda, que abalou a confiança e mexeu na autoestima do hoje presidente da República. O que trago aqui não é conversa de rede social, vem de fontes governistas e deve ser dada total atenção.

O fato é que há um descontentamento muito grande dos militares, com as ações de alguns ministros, sobretudo do titular da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Eles questionam o poder do ministro, as articulações feitas por ele e, até mesmo, as nomeações. “Está no Diário Oficial. O chefe de Gabinete do Onyx nomeou oito parentes no governo na semana passada”, relatou uma fonte governista. Além disso, há a ideia de que Lorenzoni estaria se aproveitando da fragilidade de Bolsonaro, que voltou a passar mal no final de semana.

Os médicos chegaram a pedir aos familiares, que o celular do presidente fique com a família, cabendo a Carlos Bolsonaro, as postagens via o perfil de seu pai. Mesmo assim, até mesmo a forte presença dos filhos de Bolsonaro, tem incomodado os militares. Outro ponto, é que na avaliação de alguns, o presidente não estaria conseguindo acompanhar as complexas informações de governo, ficando nas mãos dos ministros.

Por isso, a ideia que agora está sendo trabalhada e, que poderá até mesmo ser imposta, é que Bolsonaro seja tutelado pelo seu vice, general Hamilton Mourão (PRTB). O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva e demais comandantes das Forças Armadas, estariam mantendo conversas diárias, para planejar a possível ação.

Segundo uma fonte ligada ao governo, caso realmente sintam a necessidade, os militares incluindo Mourão, vão impor a tutela, colocando limites e restrições ao comportamento, falas e decisões de Bolsonaro. O questionei se realmente isso poderá acontecer e, a resposta foi a seguinte: “Disso para pior, se as coisas continuarem como estão”, disse.

Uma outra ideia, é que Mourão passe a ser uma espécie de primeiro-ministro, com Bolsonaro cuidando de assuntos periféricos. O entendimento é que o vice-presidente é muito mais preparado, que tem um bom poder de articulação e que poderia representar o país, enquanto que o atual presidente teria limitações. É uma situação delicada, mas, que se acontecer, dificilmente será feita sem abalos.

Novas denúncias?

Um dos pontos fracos do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), são os seus filhos. Muito embora, fieis ao pai e com vontade de ajudar, mas, os militares estariam incomodados com as denúncias contra o senador, Flávio Bolsonaro (PSL), as constantes idas de Carlos Bolsonaro ao Palácio do Planalto e as movimentações do deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PSL). Para piorar, segundo uma fonte, novas denúncias podem aparecer contra Flávio, envolvendo notas fiscais e o pagamento da parte de Fabrício Queiroz, de contas pessoais. Se isso acontecer, a proximidade de um dos “meninos de Bolsonaro”, poderá ficar mais restrita ao Palácio do Planalto.

Convidado

O deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PSL), foi convidado por Steven Bannon, marqueteiro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para liderar um movimento de direita com lideranças americanas e, até mesmo em países da América Latina. Eduardo já pensa até mesmo em fundar um novo partido. Ele confirmou a informação ao prefeito de Chapecó, Luciano Buligon (sem partido), em conversa na sexta-feira (01) em Brasília.

Força do DEM

Alcolumbre é o novo presidente do Senado.

O Democratas, partido que passou por um bom período de ostracismo, ganha uma grande força e passa a dar as cartas no país. A começar pelo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, até chegar ao comando dos parlamentos, com Rodrigo Maia na presidência da Câmara dos Deputados e, Davi Alcolumbre no comando do Senado. O DEM não está entre as maiores bancadas, mas, também não tem uma participação pequena. São 29 deputados federais, enquanto que são quatro os senadores. Com uma possível migração de lideranças do PSB para o Democratas, é possível que o partido ganhe mais musculatura ainda.

Aproximação?

Um dos fatos mais comentados da nefasta votação à presidência do Senado, por tudo o que aconteceu, foi sem sombra de dúvida a aproximação dos senadores, Esperidião Amin (Progressistas) e Dário Berger (MDB). Primeiramente, é preciso dizer que foi um sinal de grandeza, deixaram as diferenças de lado em prol de uma causa maior, pelo menos, foi a justificativa dada. Tudo começou com uma conversa entre Jorginho Mello (PR), que já havia declarado voto em Amin, e Dário Berger (MDB). Mello que se senta entre os dois no plenário, disse ao emedebista: “E aí, Dário. O que nós vamos fazer?”. Em resposta, Berger respondeu que votaria em Santa Catarina. Foi a senha. Jorginho chamou Esperidião e disse a ele que teria os votos catarinenses. Surpreso, Amin apertou a mão de Berger e agradeceu. A partir daí tiveram conversas cordiais, discutindo os acontecimentos e a busca de votos em favor de Amin.

Justificativa

Enquanto que o senador Dário Berger (MDB), publicou uma nota explicando a sua decisão de votar em Esperidião Amin (Progressistas) para a presidência do Senado, mesmo destacando que ambos tem grandes diferenças, por outro lado, Amin economizou as palavras. Entende que o gesto de Berger abre caminho para que se tenha um clima que os permita trabalhar juntos, incluindo Jorginho Mello (PR), em prol dos catarinenses. “O importante foi o gesto. Coisas boas não precisam ser explicadas, precisam servir de exemplo. Coisas ruins é que precisam de explicação”, disse Amin, não querendo dar qualquer outra declaração. Por sua vez, Mello se disse satisfeito, e destacou que o novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), se mostrou tranquilo em relação a bancada. “A única coisa que ele não queria, era que votássemos no Renan (Calheiros), pois, ele o considerava o seu maior adversário”, relatou.

E o diálogo?

Moisés entrou mudo e saiu calado da posse na Alesc.

O presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia (PSD), é considerado pelos parlamentares uma liderança de diálogo, mas, que pode ser firme em suas decisões. Garcia conversa com todos independentemente de partido, é uma das mais habilidosas lideranças da política catarinense, mas, espera que o diálogo seja reciproco. Deve ser por isso que o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), poderá ter muitas dificuldades no parlamento, uma vez que tem evitado o diálogo com os deputados. No papel de governador, Moisés já deveria ter articulado uma reunião para hoje com Garcia, pensando em alinhar a conversa e buscar uma aproximação. Ou será que lhe foi recomendado que tal diálogo seja através de uma live? Perguntar não ofende.

Merisio em Joinville

Conversei ontem com o colega, Paulo Alceu. Ele confirmou a informação de que o presidente estadual do PSD, Gelson Merisio, deverá mudar o seu domicílio eleitoral para Joinville. Merisio ainda vai conversar com o deputado federal, Darci de Mattos (PSD), e com o deputado estadual, Kennedy Nunes (PSD). A ideia de Merisio, segundo Alceu, é de se envolver na política local de Joinville e ter mais contato com a classe empresarial. Outra decisão de Merisio, seria a de disputar a reeleição para a presidência do PSD.

Dresch presidente

Ex-deputado estadual, Dirceu Dresch está animado com a possibilidade de ser o próximo presidente estadual do Partido dos Trabalhadores. Dresch disputou uma cadeira na Câmara Federal, mas, não conseguiu se eleger. Lideranças petistas defendem o seu nome para liderar o projeto do PT para as eleições do próximo ano.

Próximos, mas com limites

O deputado estadual, Nilso Berlanda (PR), me contou que o seu partido formou um bloco com o PSL, somente para a ocupação de espaço nas comissões e mesa diretora. Porém, Berlanda nega que o PR possa ser considerado governista. “Vamos votar os projeto com a consciência. O que forem bons para Santa Catarina nós vamos apoiar”, me disse Berlanda.

Apoio de Buligon

Entre os que simpatizam com a possibilidade de ter no tenente coronel da Polícia Militar, Ricardo Alves da Silva, como candidato a prefeito de Chapecó, está o prefeito Luciano Buligon (sem partido). Para Buligon, uma boa chapa poderia ser formada pelo militar, tendo o procurador geral do municípios, Ricardo Cavalli, como um possível vice.

Prejuízo na capital

Lela já havia alertado para problemas no almoxarifado.

O fechamento do almoxarifado da Prefeitura de Florianópolis, deve render cerca de R$ 400 mil aos cofres públicos. Cerca de 10 mil ampolas de insulina estavam guardadas sem a ventilação adequada além de outros medicamentos. O vereador Vanderlei Farias, o Lela (PDT), já havia alertado sobre essa situação. Ele questionou o contrato de R$ 10,5 milhões, e dos remédios entre outros produtos acondicionados no local. O prefeito, Gean Loureiro (MDB), não atendeu as ligações. Os vereadores precisam convocar Loureiro ou o responsável pelo almoxarifado, para que prestem esclarecimentos.

Região Metropolitana

Naatz (Primeiro da direita para a esquerda).

O deputado estadual, Ivan Naatz (PV), reafirmou o desejo de fortalecer a representatividade política do Vale do Itajaí, ao tomar posse na Alesc. Entre as metas prioritárias, a luta pela criação oficial da Região Metropolitana de Blumenau, fortalecimento do setor estratégico de inteligência na área da segurança pública, mais recursos para a saúde pública, além de debater a legalidade dos pedágios urbanos, como é o caso de Bombinhas, e das questões que envolvem o meio ambiente e a sustentabilidade da região.  O parlamentar e as lideranças do PV, também querem aproveitar o momento de visibilidade política para ampliar a presença do partido na região e no Estado, preparando, desde já candidaturas viáveis para o pleito municipal de 2020 em cidades polos. O tema também foi objeto de conversas durante a posse com o presidente estadual do Partido Verde, Guaraci Fagundes e o presidente da sigla em Blumenau, Jadison Fernandes, que também responderá pela coordenação do gabinete regional do deputado.

Casa de Brasília

O secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, Lucas Esmeraldino, entrou em contato para dizer que a casa locada para a Secretaria de Estado da Articulação Nacional em Brasília, está com os dias contados. Em nota, a coluna questionou a locação do imóvel em uma das áreas mais caras da capital federal, conhecida como a “Península dos Ministros”. O secretário Diego Goulart chegou a entrar em contato após a informação ter sido publicada. “No ano passado eu disse que não tinha cabimento ficar com uma casa daquele tamanho”, me disse Esmeraldino. Ele também informou que será devolvido um prédio que está sendo usado por parte de sua equipe. Uma reforma será feita para abrigar a todos no mesmo lugar.

Praças protestam

Cerca de 50 praças, acompanhados pelo presidente da Aprasc, subtenente João Carlos Pawlick, marcaram presença na posse dos deputados na última sexta-feira, na Alesc, para cobrar pelos direitos adquiridos e a valorização da categoria. E, em reunião com os deputados Sargento Lima (PSL) e Coronel Onir Mocellin (PSL) que é líder do governo, já receberam sinalizações importantes: o encaminhamento de projeto de lei extinguindo a prisão administrativa, que prevê punição por motivos banais e de projeto de lei complementar que resolve a problemática de interpretação de Lei, reconhecendo a antiguidade do quadro de carreira desde a promoção e não da formatura. “É uma questão de justiça. É preciso reconhecer a antiguidade”, destacou Mocellin, que também manifestou apoio no debate sobre novo plano de carreira dos praças.

Posse no TCE

O Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE), realiza hoje a sessão especial para dar posse ao conselheiro Adircélio de Moraes Ferreira Júnior, no cargo de presidente da Instituição, para o biênio 2019-2020. Durante a solenidade, marcada para as 17h, no auditório principal em Florianópolis, o conselheiro Herneus De Nadal assumirá o cargo de vice-presidente e o conselheiro Wilson Rogério Wan-Dall será reconduzido ao cargo de corregedor-geral. Eles foram eleitos na sessão extraordinária do Pleno do dia 17 de dezembro do ano passado. Adircélio antecipou que pretende pautar a sua administração em dois eixos: o aprimoramento da administração pública, visando a melhoria da qualidade dos gastos, e o combate às irregularidades na utilização dos recursos públicos. Dado Cherem é o atual presidente.

Fã da Rocam
Vitor Luiz Assini Sapelli, de Blumenau, completou 9 anos de idade durante o final de semana e, ganhou um presente especial.  Ele é o retrato da população que valoriza o trabalho da Polícia Militar. Vitor pediu à sua mãe uma festa temática da Rocam, mas, a surpresa foi maior ainda. Sem ele esperar, os policiais chegaram antes da festa e cantaram os parabéns. Quem sabe está crescendo um futuro policial. Muito bacana a atitude dos policiais, ao valorizarem o carinho que recebem.
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