O final de semana foi de reflexão para Lucas Esmeraldino, de comemoração para os deputados eleitos do PSL e de alívio para o governador, Carlos Moisés da Silva. O vice presidente nacional do partido, Antônio Rueda, veio ao estado somente para executar o que já havia sido decidido pelo presidente nacional, Luciano Bivar, que está em viagem aos Estados Unidos.

Conforme divulgado por esta coluna ainda na quinta-feira (17), um dia antes da reunião, em uma rápida conversa que tive com Bivar, ele antecipou que o acordo seria bom para Esmeraldino e para os deputados e, assim foi. Lucas segue presidindo o partido, mas, terá que dividir o comando com os parlamentares eleitos, sobretudo com os federais que ficaram em espaços estratégicos na comissão provisória, que se tornará executiva estadual no dia 30 de junho.

Voltando à sexta-feira (18), a noite o governador recebeu para um jantar na Casa D’Agronômica, os deputados federais e estaduais eleitos do PSL. O encontro também contou com a presença da vice-governadora, Daniela Reinehr (PSL) e, do homem forte de Moisés no governo, o secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba.

Segundo uma fonte, foi uma noite de tranquilidade, mas não pensem que a situação se pacificou totalmente. Uma fonte pesselista disse que caberá a Esmeraldino, fazer o gesto da paz. Se chamar os deputados para comandar o partido junto com ele, terá um mar de calmaria a sua frente, mas, se nada fizer, o sentimento de divisão poderá continuar. Enquanto isso, Moisés curte os tempos de calmaria, a goles de vinho e demonstrando todo o seu bem querer pelos deputados, cantando Djavan. Assista o vídeo gravado pelo deputado estadual, Felipe Estevão:

Quem tem força?

A resposta, é que todos os envolvidos tem. A executiva nacional não tiraria Lucas Esmeraldino, que deu o pontapé inicial do PSL aqui no estado. Por outro lado, os caciques não poderiam se indispor com os deputados federais, que votarão os principais projetos de interesse do governo de Jair Bolsonaro (PSL) e, podemos colocar na conta os deputados estaduais, que serão o núcleo da base de Carlos Moisés da Silva (PSL) aqui no estado. Mas isso não quer dizer que haverá calmaria no partido, pois, a disputa entre os ideológicos e os pragmáticos ainda terá muitos capítulos.

Disputa no MDB

A disputa entre Valdir Cobalchini e Mauro De Nadal pela vice-presidência da Assembleia Legislativa, deverá não acontecer. Segundo informações, o regimento interno não permitiria uma disputa pela vice-presidência, como Cobalchini chegou a pensar. Neste caso, De Nadal deve mesmo ser o vice-presidente.

Braço direito

Ex-secretário municipal em Chapecó e Florianópolis e, uma das lideranças mais articuladas politicamente, o empresário Eron Giordani, aceitou o convite do deputado estadual eleito, Júlio Garcia (PSD), para chefiar o gabinete do parlamentar na Assembleia Legislativa. Questionado sobre os encaminhamentos para a presidência da Alesc, Giordani se limitou a dizer que foi convidado para o gabinete de Garcia, já quanto a presidência é um assunto que será discutido pelos deputados.

Demandas

Na passagem do vice-presidente nacional do PSL pelo estado, não se tratou apenas de questões partidárias. O futuro líder da bancada do partido na Alesc, Felipe Estevão, chamou Antônio Rueda para tratar de demandas. Sensível, Rueda passou o contato de vários ministros ao deputado, como dos Transportes e da Pesca. O parlamentar eleito vai fazer uma agenda em Brasília assim que assumir. Dentre os temas a serem tratados, destaque para a polêmica do preço dos pedágios na BR-101 Sul e a questão das indenizações do Governo Federal aos pescadores no período do Defeso.

Parisotto na eleição

Encerrando o seu mandato de deputado estadual, Narcizo Parisotto (PSC), é pré-candidato a prefeito de Chapecó. Ele já tem se reunido com lideranças religiosas e empresariais para discutir um projeto para o pleito municipal. Parisotto me disse que não abre mão de ser candidato.

Justiça do trabalho

Florianópolis terá um ato público em defesa da Justiça do Trabalho, hoje as 13h, em frente ao prédio do TRT12, na Rua Esteves Júnior, 395, no Centro. Ao todo seis entidades organizam a manifestação. O evento está sendo organizado pela Associação dos Magistrados do Trabalho da 12ª Região (Amatra 12), seccional da Ordem dos Advogados de Santa Catarina, Instituto dos Advogados de Santa Catarina (Iasc), Associação Catarinense dos Advogados Trabalhistas (Acat), Sindicato dos Servidores no Poder Judiciário Federal no Estado de SC (Sintrajusc) e da Associação dos Servidores da Justiça do Trabalho (Ajut).

Resposta plausível, mas…

Quando o senador eleito, Flávio Bolsonaro (PSL), respondeu ao Domingo Espetacular da Rede Record que os 48 depósitos de R$ 2 mil, num caixa eletrônico na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro foram feitos após ter recebido R$ 96 mil na venda de um imóvel, pensei o motivo que o não levou a depositar tudo de uma só vez em sua agência. Aí ele falou a respeito dos depósitos fracionados, dizendo que é o valor máximo que pode ser depositado via envelope, que foi a forma usada para depositar. Quanto ao negócio, está registrado em cartório em agosto de 2017, uma permuta de imóvel entre Flávio, sua esposa e um casal. Quanto ao título de R$ 1,024 milhão, que o parlamentar pagou, se deve a quitação do mesmo imóvel que foi financiado. Se havia uma explicação, por qual motivo o filho de Bolsonaro levou tanto tempo para esclarecer a situação publicamente?

E o mais?

O ex-assessor Fabrício Queiroz, que trabalhou por um bom tempo no gabinete do senador eleito, Flávio Bolsonaro (PSL), teria movimentado R$ 7 milhões em sua conta entre 2014 e 2017, em movimentações não explicadas. A informação consta em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Ainda faltam essas explicações e quem é a favor do Brasil e não apegado a ideologia, deve cobrar que tudo seja explicado.

Bagunça no PSL

O PSL nacional vive uma turbulência sem precedentes. Para um partido que começa a se tornar um dos mais importantes da política nacional, o despreparo para lidar com o poder acompanha a altura de seu crescimento. Blogueiros, artistas, influenciadores digitais entre outros, formam o time pesselista que conquistou o resultado visto na eleição devido ao nome “Bolsonaro”, nada diferente do que isso. Isso não quer dizer que o PSL não tem lideranças capacitadas, pelo contrário. Mas fica clara uma grande divergência entre a ala ideológica, que também pode ser chamada de “Olavistas”, e os Pragmáticos. Os primeiros, seguidores de Olavo de Carvalho, que ontem jantou com o guru de Donald Trump, Steve Bannon, enquanto que os pragmáticos seguem a linha do presidente nacional do partido, Luciano Bivar, que chegou a dizer que Olavo só poderia estar brincando ao criticar a viagem de deputados eleitos à China.

Catarinense critica

Ontem a deputada federal eleita, Caroline de Toni (PSL), se posicionou em seu perfil em uma rede social, contra a viagem de alguns futuros colegas de Câmara que viajaram à China. “Vieram me perguntar e respondo publicamente: não aceitei o convite para ir à China. Estava na cara que era uma cilada! #OlavoTemRazão”, escreveu Caroline.

Armas

O desejo da população em se armar, é o claro sinal da incompetência de nossos governantes e, da nossa falência como sociedade. O Brasil paga caro por ter negligenciado o seu próprio povo. Sim, eu falo de educação, de saúde, em suma, de um verdadeiro bem estar social e oportunidade para que as pessoas pudessem se desenvolver. Tudo isso falta, devido à violência que sim, começa lá no alto, nos grandes poderes em Brasília e em outros lugares onde se concentra os mandos de um país que nasceu culturalmente abalado.

Não, eu não justifico a violência por causa da pobreza e da falta de oportunidade. Se fosse assim, todos os pobres seriam bandidos e, isso não é verdade. Mas em muitos casos, o que deseja ser bandido usa a falha do estado para justificar a sua escolha pela criminalidade.

Aí eu lembro do filósofo romeno, Andrei Pleshu, que eu soube da existência através do trabalho de Olavo de Carvalho. Ele definiu o Brasil como poucos e, sinceramente, sempre pensei da mesma forma que ele. Ele disse que o Brasil é um pais tolerante que prefere o desleixo moral antes de uma punição severa com o frágil argumento da injustiça. Sim, temos situações injustas, mas, boa parte prefere a não punição de verdadeiros criminosos baseado nesse argumento. Para resumir, no Brasil mais se pense em abrandar as penas do que na punição que também educa.

Pleshu vai além, ao dizer que boa parte de nossa população rejeita a ordem, a verdade e que prefere o caos, ou seja, a ordem seria um pecado para muitos, para quem vale a libertinagem. Não sou moralista, mas, preciso concordar. Em suma, o romeno afirma com toda a razão, que para muitos o certo é viver no erro e, eu digo mais, na inversão de valores.

Tudo isso deu força para a criminalidade que assola o nosso país. Aí quando um cidadão e, vou escrever, “de bem” sim, decide comprar uma arma, aí nós vemos inúmeras críticas, mas, espera aí. Eu aprendi que a vida é sagrada e todos temos o direito e até o dever de defendê-la a todo custo. Aí alguém vai me questionar se é válida a violência contra a violência. A minha humilde resposta é que o cidadão de bem, nunca procura a violência. Se ele deseja se armar, é justamente para que a violência não o alcance.

E a responsabilidade?

A quem a juíza, Ana Luísa Schmidt Ramos, que liberou um homem que estava com um fuzil AR-15, quando foi preso pela Polícia Militar em Florianópolis, prestará contas? Não é possível que a magistrada não será cobrada pela Comissão Nacional de Justiça. Como assim, alguém que é pego com um armamento desses, não oferece perigo para a sociedade? Além disso, no mínimo estranha a preocupação dela com o fato do criminoso ter sido detido sem camisa.

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