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A vice-governadora Daniela Reinehr (sem partido) passou a cumprir agenda em Brasília de forma muito mais intensa, após o início do processo de impeachment contra ela e o governador Carlos Moisés da Silva (PSL). Vale abordar parlamentares catarinenses no corredor do Congresso Nacional, ter audiência negada com o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) e, até mesmo, duas conversas com o vice-presidente, general Hamilton Mourão (PRTB), que nada pode fazer por ela por não estar ciente do cenário político catarinense.

Se por um lado, Daniela tem todo o direito de viajar, por outro, os motivos podem ser questionados quando dinheiro público está em uso, seja através do custeio das passagens, ou dos demais gastos com hospedagem, deslocamento e alimentação que é pago através do cartão corporativo em total sigilo, ou seja, quem paga a conta que é o contribuinte através dos impostos, não tem o direito de saber como, e o que está pagando.

Daniela viajou na quarta-feira (02) da semana passada para Brasília, tendo embarcado no voo 3431 da Latam, que decolou de Florianópolis às 06h e chegou a Brasília perto das 08h. O custo da passagem foi de R$ 567,35. Ela embarcou acompanhada de sua ajudante de ordens, Gabriella Nogueira Leal Cataneo, e do assessor especial, Luiz Eduardo Koslovski Santos. As passagens dos servidores tiveram o mesmo custo cada, do bilhete pago para a vice-governadora.

O que chama a atenção, é que o ofício ao qual o SCemPauta teve acesso com exclusividade, foi enviado pela assessora de gabinete, Francine Martins, ao secretário de Estado da Casa Civil Designado, Juliano Chiodelli, apenas um dia antes da viagem, o que pela proximidade da data torna o valor mais caro. Mesmo que a diferença seja pequena, mas é preciso lembrar que cada centavo é oriundo dos cofres públicos. Também não é possível saber se o assessor de comunicação, Leandro de Oliveira, viajou, já que após o pedido de aquisição, foi assinado um ato cancelando o pedido. A questão é: se o bilhete já havia sido emitido, mesmo assim o seu cancelamento gerou custo ao Estado?

Outro detalhe da aquisição que chama a atenção, é que o bilhete da volta somente foi emitido para Santos, enquanto para Daniela e Gabriella o pedido somente foi feito através de novo requerimento enviado no dia 3 passado. Esse procedimento não é o mais correto, pois a oscilação no preço das passagens poderia ter elevado consideravelmente o valor, mas, por sorte, ficou em R$ 567,45, enquanto a do assessor que retornou antes, ficou em R$ 1.462,40.

Além disso, outros custos a exemplo dos deslocamentos, hospedagem e alimentação da vice-governadora na capital federal, seguem sob sigilo, tudo em nome da segurança, mas que serve tanto para ela, quanto ao governador Carlos Moisés da Silva (PSL) e a qualquer outros futuros governadores, gastar com hospedagens e restaurantes de qualquer valor, que ninguém saberá. Para ter uma ideia, em 2019 o gasto do gabinete da vice foi de R$ 1,4 milhão. Foram R$ 830 mil com o custeio e R$ 570 mil com a folha de pagamento. Não é possível saber se os custos das viagens estão incluídos. Já a diária dos assessores fica na casa dos R$ 450, fora as passagens.

Daniela pediu ajuda a Damares

Na justificativa da viagem da semana passada que encerrou no domingo (06), agendas nos ministérios da Agricultura, Economia, Infraestrutura e Desenvolvimento Regional. O que chama a atenção é que Daniela esteve com a ministra da Mulher da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, em encontro que não estava previsto. Nas redes sociais escreveu sobre a importância de políticas públicas para mudar realidades, mas na verdade, o motivo foi outro. Segundo uma fonte, desde a visita da ministra a Criciúma, que Daniela tem buscado manter contato e, após o andamento do processo de impeachment, se apegou a Damares para convencer o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), a entrar no jogo em sua defesa de forma pública. Como é próxima do presidente, a ministra prometeu tentar, mas a alertou de que seria difícil.

Daniela pediu a Colatto ajuda junto a bancada do MDB

Já com o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Valdir Colatto, a conversa foi sobre a importância do setor produtivo catarinense, sobrando até mesmo um pedido de atenção à agricultura do Estado. Segundo um assessor que acompanhou o encontro, raríssimas vezes o atual Governo do Estado fez qualquer contato com Colatto, será que o fato de ele ser emedebista motivou a procura de Daniela? O questionamento é válido, pois ela mostrou durante a conversa que a sua principal intenção era falar ao ex-deputado federal sobre o processo de impeachment. Se disse injustiçada e o questionou se havia conversado com os deputados do MDB e qual seria a opinião deles. Colatto respondeu que não tinha muito conhecimento sobre o processo e que conversou com poucas pessoas sobre o assunto. No encerramento do encontro, Daniela pediu a ele para que faça uma ponte com a bancada para ajudá-la.

Café entre Karina Kufa e Daniela

Uma questão que precisa ser respondida por Daniela, é o motivo para que ela e a ajudante de ordens, tivessem que passar o final de semana em Brasília. O que se sabe é que na agenda da viagem, teve café da manhã com a advogada Karina Kufa, que a defende no processo de impeachment, além de um jantar que também contou com a participação de Kufa e do deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PSL), ocasião em que a vice-governadora agradeceu a ele o apoio e pediu que o presidente se envolva na questão.

Após o final de semana na capital federal, Daniela que chegou a pensar em passar o 7 de setembro em Brasília, foi desaconselhada, tanto que a princípio, deve ter pego o voo 3625 da Latam, adquirido pelo Estado para domingo (07), que tinha a decolagem prevista para às 14h45 em direção a Guarulhos e, de São Paulo o voo 3662 da mesma companhia que tinha saída prevista para às 18h15 em direção a Florianópolis, com chegada prevista às 19h30. A vice-governadora bem que poderia informar agenda não oficial gerando gasto público, que foi cumprida durante o sábado e o domingo quando o Congresso Nacional e os Ministérios estão fechados.

 

Transparência

No dia 24 de junho passado o deputado estadual, Jessé Lopes (PSL), deu entrada a um projeto de lei para acabar com o sigilo dos gastos dos governadores e vices. O argumento de Lopes, é que todas as ações públicas merecem a devida publicidade. O projeto que tramita na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa, recebeu o parecer favorável do relator, o deputado Luiz Fernando Vampiro (MDB), porém, a pedido da Casa D’Agronômica a líder do governo, a deputada Ana Paula da Silva, a Paulinha (PDT), pediu vistas no dia 11 de agosto e, quase um mês após, ainda não o devolveu para que volte a tramitar.

 

“É coisa da maluca da Zambelli”

Falas de que o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), está de corpo e alma para salvar a vice-governadora, Daniela Reinehr (sem partido), do impeachment, gerou surpresa e estranheza entre os bolsonaristas catarinenses. Uma fonte com força na bancada foi direta na resposta: “Isso é coisa da maluca da Zambelli. Se ele (Bolsonaro) quisesse salvar a vice, já teria feito contato com os deputados”, afirmou. A deputada federal, Carla Zambelli (PSL), com quem Daniela criou uma forte amizade, é quem tem buscado fazer as manobras em Brasília, porém, sem muito sucesso. Acontece que o próprio Bolsonaro já mandou que fossem feitas sondagens em Santa Catarina e foi aconselhado a não se envolver. A advogada Karina Kufa foi cedida, porém, a conta virá independentemente do resultado e os filhos do presidente já avisaram que não se responsabilizarão. Durante a conversa com a fonte, foi falado sobre os constrangimentos causados por Zambelli a Bolsonaro, ao tentar se mostrar influente no governo. “É uma idiota, a m… do vazamento com o Moro (Sérgio) já foi por causa dela, né?!”, criticou.

 

Pesselistas alertaram

Os deputados bolsonaristas do PSL na Assembleia Legislativa, Ana Caroline Campagnolo, Jessé Lopes, Sargento Lima e Felipe Estevão, chegaram por um tempo, até ponderar sobre a possibilidade de um eventual governo de Daniela Reinehr (sem partido), num pós- impeachment de Carlos Moisés da Silva (PSL), porém, chegaram a conclusão de que não vale arriscar e colocar o Estado em risco sob as mãos inexperientes da atual vice-governadora. Em uma reunião, Ana Campagnolo teria dito diretamente a Daniela: “Esquece, você não será governadora. Os deputados não te querem”, afirmou a parlamentar explicando depois que a descrença é muito grande quanto a capacidade de Daniela de governar. A fonte ligada a bancada quando questionada, me respondeu que não negaria e nem confirmaria a informação.

 

Impeachment

A Comissão Especial da Assembleia Legislativa que analisa o pedido de impeachment contra o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), a vice Daniela Reinehr (sem partido) e o secretário de Estado da Administração, coronel Jorge Tasca, se reúne hoje às 9h para a sua terceira reunião. Na ocasião será analisada a questão envolvendo a procuração da vice-governadora dada às suas advogadas. Conforme divulgado em primeira mão pela coluna na semana passada, o documento não dá poderes para elas atuarem na defesa, mas especificamente para ingressarem com mandado de segurança relativo ao caso. O presidente da Comissão, deputado João Amin (Progressistas), vai comunicar o fato aos integrantes da Comissão e a sua posição de dar um prazo de 24 horas para que o equívoco seja sanado.

 

Mais um

Mais um pedido de impeachment contra o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) será oficializado junto à mesa diretora da Assembleia Legislativa. O presidente da CPI dos Respiradores, deputado Sargento Lima (PSL) e o relator deputado, Ivan Naatz (PL), marcaram para hoje às 13h30, a entrega oficial ao presidente da Alesc, Júlio Garcia (PSD), do relatório final dos trabalhos aprovado por unanimidade pelos nove integrantes. Conforme já divulgado pelo SCemPauta, foi apontada a responsabilidade de 14 pessoas, entre elas a de Moisés com o pedido para analisar um novo processo de impeachment em face da conclusão por crime de responsabilidade.

 

PT se reúne

A executiva estadual do Partido dos Trabalhadores discute hoje junto a sua bancada na Assembleia Legislativa, o posicionamento quanto ao processo de impeachment contra o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), a vice Daniela Reinehr (sem partido) e o secretário de Estado da Administração, coronel Jorge Tasca. A tendência é de apoio ao impedimento.

 

Emedebistas no Oeste

Caciques emedebistas desembarcam hoje em Chapecó no aeroporto Serafin Enoss Bertaso por volta das 16h. O deputado federal, Carlos Chiodini, os prefeitos de Joinville, Udo Döhler e de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli, além de outros nomes estaduais do partido estarão na comitiva que viaja ao Oeste para apoiar o vereador, Cleiton Fossá, que é o pré-candidato do MDB a prefeito de Chapecó. O presidente estadual do partido, deputado Celso Maldaner, já está no Oeste e se juntará ao grupo. Na agenda, encontro com o setor produtivo à tarde e no início da noite. Além disso, um café da manhã nesta quarta-feira (09) com a imprensa no Lang Palace Hotel, às 07h30, e logo após às 08h45 uma entrevista exclusiva no Estúdio Condá para a Raquel Lang.

 

Precisa escolher

O mistério a respeito da candidatura do deputado estadual, Ricardo Alba (PSL), a prefeito de Blumenau, acabou neste final de semana. O pesselista vai para a disputa de uma das principais economias do estado. Acontece que Alba precisa escolher se continua a ser o candidato do governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), levando nas costas todos os desgastes de um governo que fracassou, ou se tentará uma reaproximação com o Bolsonarismo. É bíblico: “ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou será leal a um e desprezará o outro”. Definitivamente, Bolsonaro não gosta de Moisés, que é considerado pelos bolsonaristas em Brasília como um traidor do presidente. Alba tem se mantido ao lado de Moisés, mas sabe que não terá chance alguma de qualquer apoio do presidente, caso insista em se manter ao lado de um governador prestes a ter o mandato encerrado.

 

Ivandro é confirmado

O empresário Ivandro de Souza é o candidato a prefeito de Joinville pelo Podemos. Durante convenção virtual, também foi homologada a nominata de 29 candidatos à Câmara Municipal. Com o objetivo de criar a coligação Aliança por Joinville, Souza buscará o apoio de outros partidos, além do Democratas que deve ser o maior parceiro de seu projeto. A convenção teve participação do senador Álvaro Dias; do presidente de honra do partido, Paulinho Bornhausen; do prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt; do presidente do Democratas de Joinville, Adalto Moreira; e do mentor político da articulação, o empresário Alexandre Fernandes, além dos pré-candidatos a vereador e simpatizantes.

 

Vice de Naatz

O feriado de 7 de setembro foi de conversas internas entre a direção do PL e do MDB de Blumenau, buscando entendimento sobre uma possível coligação para as eleições municipais. Se reuniram o deputado estadual e presidente do PL local, Ivan Naatz, e o presidente do MDB, Daniel Hostin, além da médica oncologista, Lisiane Anzanello, cotada para ser a vice na chapa. Segundo as duas lideranças, as conversas estão adiantadas e, conforme Lisiane, a oficialização do acordo está praticamente definida, só dependendo agora de ajustes internos partidários até a realização das convenções municipais. A do PL está prevista para o dia 12 de setembro e a do MDB para o dia 13.

 

Coelho fora

O deputado federal Rodrigo Coelho (PSB) me informou que não disputará a Prefeitura de Joinville. Ele relatou os problemas com o seu partido por causa do apoio dado ao governo do presidente, Jair Bolsonaro (sem partido). “Fui alvo de perseguição de meu partido desde o início de meu mandato. A relação ficou insustentável após a votação da Reforma da Previdência, quando sofri sanções que me prejudicaram na Câmara, onde participava de 12 comissões, afirmou. Coelho também reclamou de intervenções nas executivas estadual e municipal, situação a qual, segundo ele, o fez entrar com uma ação na justiça para deixar o partido.

 

Oposição ao MDB

De acordo com o deputado federal, Rodrigo Coelho (PSB), o grande número de candidatos favorece o pré-candidato Fernando Krelling (MDB), o qual, segundo Coelho, representa o que definiu como retrocesso da gestão de Udo Döhler (MDB). Considerando uma das eleições mais importantes da história de Joinville, Coelho avalia que há excelentes candidatos que poderão contar com o seu apoio. “Farei o possível para construir uma aliança de pessoas competentes, sérias e que queiram construir um projeto acima de interesses pessoais ou partidários”, afirmou. Se tivesse ido para a disputa, Rodrigo Coelho seria um dos candidatos mais fortes do pleito.

 

Lançamento em Araquari

O prefeito de Araquari, Clenilton Pereira (PSDB), disputará a reeleição. Ele terá como vice em sua chapa, mais uma vez, Ludgero Jasper Júnior, o Gordo (PL). O PSL, Podemos e Republicanos anunciaram apoio e participarão da aliança.

 

Pedofilia

Os crimes de violência humana, especialmente os que envolvem crianças, são revoltantes e estarrecedores. A avaliação é do senador Dário Berger (MDB), autor do projeto de lei que pretende alterar o Código Penal e tornar inafiançáveis os crimes relacionados à pedofilia. Para o senador, é preciso tornar a legislação brasileira mais rígida e punir exemplarmente os autores destes crimes.

 

Novidades

Vale o destaque e o agradecimento às manifestações positivas relativas à estreia do ex-ministro do Turismo, e atual secretário do setor no Governo de São Paulo, Vinicius Lummertz, como colunista do SCemPauta. Todos os sábados ele escreverá sobre turismo e economia. Hoje quem estreia é Maria Helena. Com participação nos debates, ela escreverá todas as terças e quintas. Em falar nas quintas, na próxima Ananias Cipriano estreia a sua coluna diária. E vem mais novidades por aí nos próximos dias, fiquem ligados!

 

Minha coluna

A partir desta semana, os leitores da minha coluna notarão uma diferença. Ela ficará um pouco menor de manhã, mas terá uma segunda edição durante o dia. Além disso, trarei mais informações durante o dia com notas individuais, sendo que algumas serão exclusivas aos nossos assinantes.

 

Hoje tem debate

Como ontem foi feriado, hoje teremos mais um SCemDebate aqui no SCemPauta. Maria Helena, Ananias Cipriano, Adelor Lessa e eu, Marcelo Lula, a partir das 11h realizaremos mais um debate sobre os principais assuntos de Santa Catarina. Acesse: www.scempauta.com.br  Vale lembrar que o programa das 11h às 12h é ao vivo, porém, a gravação do programa fica disponível para quem deseja assistir em outro horário. Obrigado pela grande audiência!

 

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