Ralf deve apresentar novos elementos à sua denúncia

Uma fonte governista relatou que no Governo do Estado o clima é de tranquilidade em relação ao pedido de impeachment do governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), da vice Daniela Reinehr (sem partido), e do secretário de Estado da Administração, Jorge Eduardo Tasca.

Mesmo surpreendidos pela denúncia, a opinião é de que não irá adiante o pedido de abertura do processo. “É uma turbulência que não precisaria acontecer, mas estão tranquilos. O parecer jurídico no governo é que nada aprova esse pedido de impeachment”, afirmou a fonte.

O que poderá colaborar com a tranquilidade na Casa D’Agronômica, é que alguns deputados ainda olham com cautela e temem os efeitos de um impedimento, porém, uma fonte relatou que esse clima deve mudar nos próximos dias com a entrada de novos elementos. “Teremos fatos novos nos próximos dias. Tem questões sendo levantadas que podem complicar a situação do governo”, informou.

No entendimento da fonte, o pedido foi bem fundamentado, tanto, que entende que mesmo não acontecendo o prosseguimento da denúncia, que haverá um forte sangramento de Moisés que poderá causar uma fragilidade política ainda maior.

Outro ponto abordado pela fonte, é quanto a falta de uma defesa mais sólida do Governo do Estado, no tocante a concessão do reajuste feito de forma administrativa por Moisés aos procuradores públicos. Até o momento não foram apresentados documentos que comprovem a tese do Executivo, talvez por isso, se explique o não enfrentamento mais direto.

Uma estratégia que tem sido usada pelo Governo e que demonstraria fragilidade na defesa, segundo a fonte, seria a tentativa de atacar a reputação do autor do pedido de impedimento, o advogado Ralf Zimmer Júnior. “É uma forma de desviar a atenção e, há quem defenda que o vazamento do caso envolvendo o deputado federal, Daniel Freitas, tenha partido do próprio governo. Dessa forma, se cria uma cortina de fumaça visando desviar a atenção das pessoas”, acusa a fonte.

De certo é que o pedido de impeachment segue o seu rito normal. Após o encaminhamento do pedido de explicação feito pelo presidente da Assembleia Legislativa a Moisés, Daniela e Tasca, será formada a Comissão. O processo 022/2020 já está na mesa do secretário Tasca e da assessoria jurídica.

Comissão

A Comissão de nove deputados estaduais que será formada na Assembleia Legislativa para analisar o pedido de impeachment, terá os seus cargos dividido de forma proporcional. Desse modo a composição deve ser a seguinte: Dois deputados do MDB, uma vaga para o PT, PL e PSL cada, duas vagas para o bloco PSD/PSDB/PDT/PSC e mais duas para o bloco Progressistas/PSB/Republicanos/PV.

 

“Moisés precisa ser chutado”, diz deputada

Para a deputada estadual, Ana Caroline Campagnolo (PSL), o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) a quem ela define como o maior promotor de baladas agronômicas no Estado, deve ser “chutado para fora do governo”. Em seu texto numa rede social, a parlamentar acusa Moisés de ter traído o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e afirma que nem a esquerda tem agido assim no Brasil. Alvo de perseguição, Ana Caroline foi além ao dizer que Moisés tenta afogar quem reclama de qualquer coisa que ele faz. “O ego é faraônico. Escora-se em um ou outro acerto de gestão (afinal, para estragar uma belezura como SC tem que fazer muito mais esforço), mas quem tem juízo sabe: infidelidade e ingratidão são os piores defeitos de um ser humano. E esse tipo de canalhice não tem nada a ver com direita ou esquerda, afinal, a esquerda jamais teria chegado tão longe se liderada fosse somente por ingratos traidores”, afirmou.

 

Udo ilude Moisés?

Dentro do MDB estadual é dito que o prefeito de Joinville, Udo Döhler, não conseguirá cumprir o que tem prometido ao governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), em troca do apoio pesselista à provável candidatura de Fernando Krelling (MDB) à sua sucessão. Segundo uma liderança que pediu para não se identificar, o partido tem tamanho suficiente para não ser vice de Moisés. Também é dito nos bastidores que para 2022 o provável nome do MDB para o Governo do Estado é Antídio Lunelli, prefeito de Jaraguá do Sul.

 

Buligon com Moisés

O prefeito de Chapecó Luciano Buligon (DEM) deve se reunir até o final deste mês, com o governador Carlos Moisés da Silva (PSL). Após confirmada a informação de que Buligon não poderá disputar o pleito do próximo ano, a conversa será no sentido de que o prefeito assuma após o seu mandato uma Secretaria de Estado. Conforme adiantado pelo SCemPauta, Buligon deseja construir um espaço para ser o vice de Moisés em 2022. Confirmada a mudança, será o quarto partido do prefeito.

 

O nome tucano

O deputado estadual Marcos Vieira deve ser mesmo o nome do PSDB para disputar a Prefeitura de Florianópolis. Ele esteve reunido com o vice-prefeito João Batista (PSDB), para falar sobre o cenário e da sua possível candidatura. Nas bases tucanas há o interesse de que Vieira dispute e, o deputado está bem inclinado a aceitar o desafio.

 

Auditoria no Badesc

O primeiro ofício de 2020 do gabinete do deputado estadual, Bruno Souza (Novo), pede uma auditoria do Tribunal de Contas de Santa Catarina dos empréstimos feitos pelo Badesc, que é uma agência estatal do desenvolvimento catarinense. Com mais de R$ 960 milhões de ativos, o Badesc viabiliza as concessões de financiamento de médio e longo prazo às empresas catarinenses através de operações diretas, via recursos de repasse e para às organizações de microcrédito. “Quero entender como os empréstimos estão sendo feitos. Conhecer e analisar as taxas de juros e inadimplência. Temos que estar atentos de como o dinheiro do catarinense é aplicado”, ressalta Bruno.