O prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), mais alguns secretários municipais e ex-secretários de Estado, entre outros investigados na Operação Chabu, estão indiciados pela Polícia Federal.

Entre os indiciados pelo delegado da Polícia Federal, Daniel Brasil Carvalho, também estão a ex-secretária de Estado da Assistência Social, Romanna Remor; o ex-secretário de Estado da Segurança Pública e atual titular da Secretaria de Segurança na capital, Alceu de Oliveira Pinto; o ex-secretário de Estado da Casa Civil, Luciano Veloso; o atual secretário da Fazenda de Florianópolis, Constâncio Maciel; o ex-delegado da Polícia Civil, André Mendes; o delegado afastado da PF, Fernando Caieron; José Augusto Alves considerado o pivô de um esquema de espionagem entre outros crimes, além de empresários da Nexxera.

Gean Loureiro

O prefeito de Florianópolis já sabia há alguns dias sobre o indiciamento, tanto, que resolveu na manhã de hoje através de uma rede social e, de nota enviada à imprensa, anunciar que está entre os indiciados.

Entre as inaugurações de obras e eventos, Gean convocou uma coletiva em seu gabinete, local apontado pela PF, em que teria sido criada uma Sala Secreta. “Sejam bem-vindos a Sala Secreta. Fizeram busca, quebraram a sala inteira sem ter qualquer comprovação. Eu convido a população a vir aqui achar a Sala Secretara que até agora ninguém achou. A Sala é tão secreta que ninguém achou”, disse ele.

Loureiro está indiciado por formação de organização criminosa e três vezes por corrupção passiva. “Foram repetidos todos os fatos do início da operação, portanto, não há fato novo, não há desvio, não há corrupção, se apegaram a meta 21 que todo mundo sabia que era um golpe, por isso não aderimos, além de um suposto vazamento da Operação Asfaltaço e o pedido junto a Romanna, o que era normal. Quando o Eduardo (Pinho Moreira) assumiu, recebi inúmeros pedidos de pessoas para se manterem nos cargos, isso acontece com todo mundo, se tivesse algo de errado, teria os colocado na Prefeitura”, afirmou Gean.

Para o prefeito, não haverá prejuízo político no tocante ao seu projeto de reeleição, já que segundo ele, uma pesquisa feita revela que a maior parte da população aponta a situação como injusta. “Tenho recebido a solidariedade de todos, isso até quebrou uma barreira dos que votaram na Ângela (Amin) e que votaram em mim, pois a sensação de injustiça é grande”, destacou.

Loureiro também acredita que o seu indiciamento foi necessário para justificar a Operação da Polícia Federal, já que ele entende que a exposição de seu nome e de sua família, poderiam render uma ação. “Poxa, explica para uma adolescente o que é a Polícia Federal levar o celular dela. Ela me perguntou: Pai, vão divulgar o que tiver no meu celular? Eles levaram o notebook de florzinha da minha filha menor, mexeram com a minha família, isso eu não perdoo”, afirmou o prefeito.