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A acusação de estupro feito por uma ex-servidora da Secretaria de Turismo de Florianópolis contra o prefeito Gean Loureiro (DEM), foi um forte golpe à imagem do homem e do gestor público. As fotos revelam que eles tiveram algum tipo de relação, agora, se foi consensual ou forçado, somente as investigações poderão dizer.

O importante é que não haja pré-julgamento, nem contra a suposta vítima, nem contra Loureiro. Que as investigações apontem a verdade e que por hora, que o prefeito de manifeste dando a sua versão aos fatos, enquanto que a responsável pela acusação seja respeitada, pois, se ficar comprovado que ela realmente foi vítima de abusos e estupro, já basta um sofrimento, não há a necessidade de execração e chacota pública.

É claro que a denúncia terá alguma interferência no processo eleitoral, não tenha dúvida. O político realizador que tem uma boa aceitação da população que reconhece os avanços de seu mandato, agora se sente constrangido frente a uma situação complicada. De forma clara, Gean está entre um suposto estupro e, um possível caso extraconjugal, sendo que para o eleitorado as duas situações podem pesar contra ele.

Por respeito a integridade da suposta vítima e ao leitor e por princípios editoriais, as fotos foram borradas e apenas as iniciais do nome da acusadora foram divulgadas para não a expor mais do que já foi pelas redes sociais.

 

Bolsonaro em SC

O presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido), chega a Florianópolis na próxima sexta-feira (06). Ele participará da graduação de 600 policiais rodoviários federais. Logo após, Bolsonaro e sua comitiva se dirigirão ao Forte Marechal Luz em São Francisco do Sul onde ficará até domingo.

 

Entrevista

O novo chefe da Casa Civil do Estado, general Ricardo Miranda Aversa, começa a fazer as primeiras movimentações a frente do cargo. Com um currículo extenso, ele planeja ajudar a governadora interina, Daniela Reinehr (sem partido), nas ações de aproximação com o parlamento, no realinhamento do Estado com o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), entre outros desafios os quais ele falou em entrevista exclusiva que me concedeu.

O general tem 37 anos de serviço ativo no Exército. Ingressou na vida militar aos 18 anos e se graduou em Ciência Militares, pela Academia Militar das Agulhas Negras, no Rio de Janeiro. Ao longo de sua trajetória, fez vários cursos de especialização, como na Escola de Material Bélico, no Centro de Comunicação Social e no Centro de Estudos de Pessoal. Além disso, possui pós-graduação na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, na Escola de Comando do Estado-Maior e formação em Gestão de Projetos (MBA) pela Fundação Getúlio Vargas. Na Alemanha, fez Curso de Base Logística Conjunta na Escola de Logística das Forças Armadas. No exército, ocupou cargos em vários estados brasileiros e também nos Estados Unidos. Os assinantes também podem ouvir a entrevista. Confira:

 

 SCemPauta – Quais são os principais desafios de um Governo que não sabe quanto tempo deve durar? Digo isso, pois tanto pode acabar através da volta de Carlos Moisés em dois ou três meses, como pode ir até 2022.

General Aversa – O primeiro grande desafio que nós temos é restabelecer a estabilidade e o dinamismo do poder Executivo catarinense. Esse processo todo de impeachment, de impedimento, ele acaba desgastando muito, tanto o poder Legislativo e Executivo e, no fim de tudo, o nosso Estado. Então o foco principal agora é recolocar o governo, não digo nos trilhos, mas reimprimir uma velocidade que seja aquela adequada a um Estado que é bastante pujante, que dá respostas positivas e o governo ele tem que alavancar esse desenvolvimento e, esse é o grande desafio agora. Corrigir alguns rumos que foram detectados e que vieram a tona nesse processo de impeachment que também traz muito ensinamento, basicamente melhorar a comunicação do Estado com os setores da sociedade, com a Assembleia Legislativa que em última análise, representa o povo catarinense através de seus deputados. Com os setores organizados, as federações, as entidades, essa interlocução, é importante para que se construa um plano de ações para o governo Daniela Reinehr. E com relação a questão de prazo, hoje a mentalidade que se tem no governo é que assumimos os nossos postos para trabalhar por Santa Catarina, até quando, isso não é foco da nossa preocupação, nós queremos é justamente trabalhar. Se for até 2022, ótimo, mas estaremos trabalhando sem dúvida nenhuma, visando dar prosseguimento, imprimir aquela velocidade que o Estado precisa.

 

SCemPauta – Como será a construção de uma relação próxima com a Assembleia Legislativa. Lembrando que o governador afastado Carlos Moisés da Silva provocou um corte abrupto na relação.

General Aversa – É, começa pela própria disposição da governadora Daniela Reinehr em fazer essa interlocução com os deputados. Ela vai até a Assembleia, nós temos agenda com o presidente para que comece a interlocução e a partir dela, buscar comprometer todos nesse projeto de união em prol do desenvolvimento do Estado. Esse é o foco. Aberta essas portas, abertos esses canais, a Casa Civil tem essa atribuição, essa é a atribuição da minha pasta de criar um canal de comunicação eficiente com a Assembleia, receber as demandas, afinal de contas, os deputados representam as diversas regiões do Estado e nós aqui na capital as vezes temos uma visão parcial dos problemas que acontecem em cada canto de Santa Catarina. Os deputados são as melhores pessoas para trazer essas demandas do povo.

 

SCemPauta – Os senhores vão ter que também encontrar uma líder ou um líder na Assembleia. Já há alguns nomes mapeados para isso?

General Aversa – Essa decisão está bem concentrada na governadora, ela está analisando as diversas possibilidades e em muito breve ela deve anunciar quem vai trabalhar alinhado ali na nossa liderança, nos ajudando dentro da Assembleia. Mas por enquanto nada concreto, nada decidido.

 

SCemPauta – Então ela já está conversando com algum deputado ou deputada para assumir a função?

General Aversa – A primeira conversa oficial será feita nesta semana com o presidente. Como a gente costuma dizer no Exército, você chega no quartel e procura o comandante, mais ou menos nessa linha. Então eu devo acompanhá-la para que ela me apresente oficialmente como o novo chefe da Casa Civil, para justamente abrir esse canal de comunicação.

 

SCemPauta – O deputado Sargento Lima foi quem fez com o voto dele, que a então vice-governadora se tornasse governadora interina. E a situação dele ficou muito difícil dentro da Assembleia Legislativa. Já houve alguma conversa com ele, existe a possibilidade de aproveitá-lo também em alguma secretaria, algum setor do governo?

General Aversa – Conversas elas ocorrem, claro, mas ainda não concreto. Qualquer posicionamento neste sentido, primeiro tem que ter a aquiescência, concordância ou desejo dele, mas não há nada concreto ainda não. Nada que sinalize que ele venha, não venha ou que permaneça na Assembleia. Nada de concreto em relação ao nome específico do Sargento Lima.

 

 

SCemPauta – A formação de base do governo. Como que deve ser a conversa com o parlamento para isso? A governadora disse na coletiva que deputados podem assumir secretarias. O senhor acha que talvez esse é o caminho também para a construção de uma base sólida na Assembleia?

General Aversa – Essa é uma possibilidade que não está descartada. Ela considera essa possibilidade, a ideia de mudanças de pastas é que ela não seja radical, esse governo começou lá atrás com a posse da vice-governadora e agora houve uma mudança, mas é um trem que está em movimento e não cabe ao governo agora uma mudança radical para dar uma paralisada particularmente, no momento que vivemos de crise econômica causada pela pandemia, então a ideia é uma continuidade com mudanças, com ajustes para que o governo fique com uma cara e atendendo as diretrizes da governadora, esse é o foco. Nenhum nome está confirmado, as conversas estão acontecendo e acredito que mais tardar nesta semana, na semana que vem, alguns nomes já sejam definidos. Toda mudança está sendo bem ponderada pela governadora e serão anunciadas oportunamente, mas de concreto, não temos nada.

 

SCemPauta – A informação que eu tenho de bastidores é de que na Secretaria de Saúde deve mudar, também na Secretaria de Infraestrutura, fora outras pastas também que estão em estudo. Especificamente para essas duas secretarias, já há nomes mapeados, há conversas com possíveis secretários e nomes que podem assumir?

General Aversa – Ainda não, como eu falei, em estudo estão todas as secretarias, menos a Casa Civil, que houve o anúncio, a minha posse, é a secretaria que coordena com as demais. Como foi a decisão do processo, ela trouxe um resultado que exigiu uma mudança muito rápida, até o momento a preocupação era na defesa para que a justiça fosse feita e, a nossa governadora obteve êxito, a justiça foi feita, ela pôde assumir o governo, não foi dada a continuidade ao seu processo e, a partir disso, então o tempo ainda foi muito curto. Não tinha nada pré-planejado para o caso de acontecer o que aconteceu, de ela permanecer e, ela assumiu o governo, e tudo está sendo feito agora com a devida pressa, devida urgência, mas com muita parcimônia para que as decisões possam efetivamente trazer o resultado dentro das diretrizes que a nossa governadora quer, de retomar o crescimento, de trabalhar muito na infraestrutura do Estado para que o Estado possa continuar se desenvolvendo economicamente, socialmente, apresentar resultados de preferência de curto prazo.

 

SCemPauta – As finanças é um ponto crucial de um governo, ainda mais em período de pandemia em que há a necessidade de ações para a recuperação da arrecadação. O Paulo Eli é um técnico. Os senhores já têm uma avaliação a respeito dele e se deve ficar ou não?

General Aversa – Como eu te falei todas as secretarias estão sendo analisadas uma a uma. Alguns nomes vão ficar, essa semana acredito que já teremos alguns anúncios, inclusive, tanto a substituição quanto a permanência é importante ser divulgado o quanto antes, para que evite instabilidade, dúvidas e questionamentos. Estamos no segundo dia de governo praticamente, então acredito que ao longo dessa semana teremos uma resposta mais concreta, serão anunciadas as mudanças e as permanências.

 

SCemPauta – O senhor falou em principal foco a infraestrutura. Deve se dar seguimento as obras que estavam sendo realizadas, ou deve ser feito um novo cronograma, já há uma ideia também sobre isso?

General Aversa – A questão da infraestrutura é uma questão que a governadora sempre coloca como uma base. Ela diz e eu concordo, que Santa Catarina é um Estado que dando as condições o povo responde muito bem, gera renda, gera riqueza e é por isso que ela entende o fato que eu compartilho, que a infraestrutura hoje é um dos calcanhares de Aquiles para que o Estado possa efetivamente continuar a se desenvolver e crescer mais. Só que a infraestrutura todos sabem, ela exige um montante de recursos altos, então um dos esforços é tentar buscar junto ao Governo Federal, trazer recursos para Santa Catarina, para que se dê continuidade às obras e novas obras possam ser feitas.

 

 

SCemPauta – Está vindo aí uma possível segunda onda do Coronavírus. Na Europa, a França já anunciou um lockdown, a Espanha já começa a fechar também, os Estados Unidos começa a se preparar, é claro que no Hemisfério Norte agora já começa um período mais frio, nós estamos nos encaminhando para um período de mais calor, mas, o governo já começa a discutir essa segunda onda? Já há um entendimento de como casar a segurança das pessoas com a economia?

General Aversa – Esse é um ponto chave. A governadora Daniela já há algum tempo sempre se posicionou sobre a busca desse equilíbrio. Do isolamento dos doentes, mas que a economia não pare. Ela já determinou que os estudos sejam feitos, considerando a multidisciplinaridade desse assunto, já que envolve infraestrutura na questão dos transportes, educação na questão das escolas, a questão da Saúde como grande centro da discussão, ouvir os especialistas, as entidades médicas para que as decisões sejam tomadas. A ideia nesse período é que alguns passos no sentido de diminuir as restrições no nível estadual, sabendo que os municípios tem uma responsabilidade grande, eles podem ser mais restritivos do que as resoluções estaduais, mas no sentido inicialmente nesse período, diminuir as restrições em alguns setores, naquilo que a área médica como especialista sinalizar e o que é possível. Sempre sob o cuidado de que nada é definitivo, as vezes pode ser que se tenha que recuar. A gente vai, libera alguma coisa, daqui a pouco se verificar que o resultado não foi o esperado, alguns casos começaram aumentar, o governo pode recuar. Isso tem que ser feito com muita parcimônia, muito cuidado e buscando sempre esse equilíbrio, economia e saúde, ambas têm que estar juntas, a saúde depende da economia também, independente de outros aspectos.

 

SCemPauta – O governo de Daniela Reinehr será um governo alinhado ideologicamente ao governo do presidente Jair Bolsonaro?

General Aversa – O governo Daniela Reinehr, é o governo Daniela Reinehr. Ela tem um alinhamento com o governo do presidente Bolsonaro, é claro, mas ela tem as suas posições e, naquilo que ela imprimir o seu ritmo, as suas características, é o que o governo vai fazer. A proximidade com o Governo Federal, logicamente que é fundamental. Santa Catarina sofreu um pouco do distanciamento, do afrouxamento das relações com o Governo Federal e um dos objetivos da governadora Daniela é de reaproximar. Não só do presidente, mas também dos ministros, tentando trazer recursos para Santa Catarina, para que os projetos, as melhorias possam ser implementadas aqui no nosso Estado.

 

Lima se diz tranquilo

O deputado estadual Sargento Lima (PSL), me disse ontem que não cogita ir para o governo do Estado. Questionado sobre o clima na Assembleia Legislativa em relação a ele, a resposta foi de que cada parlamentar deve agir de acordo com a sua consciência. “Se quiser isolar que isole. Eu jamais isolaria alguém por um voto”, disse Lima.

 

Esperando a volta

Uma fonte relatou que alguns assessores e pessoas mais próximas ao governador afastado, Carlos Moisés da Silva (PSL), foram realocadas em outros setores do governo para que fiquem no aguardo de um retorno de Moisés ao comando do Estado. Segundo uma fonte próxima ao governador, a expectativa é de que ele seja absolvido nos processos de impeachment em no máximo dois a três meses.

 

A primeira reunião

O primeiro compromisso da governadora interina, Daniela Reinehr (sem partido), junto aos demais governadores deve acontecer nos próximos dias. Acontece que o Fórum dos Governadores do Brasil está pedindo uma audiência com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. A pauta é a vacinação contra o Coronavírus e um entendimento entre os Estados e o Governo Federal sobre quais vacinas adquirir.

 

Uso da máquina?

O jurídico da Aliança por Joinville, que tem como candidato a prefeito, Ivandro de Souza (Podemos), protocolou mais uma ação de investigação judicial eleitoral contra a campanha “Vamos em Frente, Vamos com Fé”, do candidato Fernando Krelling (MDB). A alegação está baseada, segundo advogados, no uso comprovado da máquina pública sobre quatro perspectivas. Segundo o advogado Marcelo Peregrino Ferreira, os argumentos jurídicos são de que: a proibição de filmar dentro de espaços públicos como escola, ginásio esportivo e unidade de saúde. Também versa sobre o uso de imagens da rede municipal, neste momento sem aula. Segundo Peregrino há o uso de bens públicos, com utilização de escolas, alunos uniformizados, ginásio, hospital na propaganda eleitoral do candidato, o que fere a igualdade de oportunidades na eleição e é proibido pela legislação eleitoral.

 

Contraponto

Conversei com Marco Aurélio Braga, coordenador da campanha “Vamos em Frente, Vamos com Fé”, do candidato Fernando Krelling (MDB), me disse que está tranquilo e que será mais uma ação perdida pelos seus adversários. No entendimento de Braga, todos podem filmar dentro dos prédios públicos desde que peçam autorização e não atrapalhem o funcionamento do órgão público. “A ação tá protocolada e está para sair uma decisão do juiz definindo isso. Estamos usando as mesmas regras de 2016, quando foram utilizados também prédios públicos e espaços públicos para fazer filmagens, até outros candidatos usaram”, disse Marcão. “Esse papo de cassação é mais uma que a campanha do Ivandro entra, e não vão ganhar nenhuma. É por isso que estão em oitavo lugar nas pesquisas”, afirmou.

 

Falta remédio

O senador Dário Berger (MDB) encaminhou ofício ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, solicitando formalmente explicações com relação à falta do medicamento Herceptin, essencial para o tratamento de pacientes acometidos pelo câncer metastático de mama em Santa Catarina. De acordo com o senador, a medicação que é fornecida pelo Governo Federal está em falta há semanas e compromete o tratamento de diversos catarinenses que são atendidos no Centro de Pesquisas Ocológicas (CEPON), de Florianópolis, referência clínica para pacientes com câncer no Estado. O medicamento é usado no combate ao câncer de mama metastático HER2 positivo. Os tumores com essa característica são mais agressivos e podem se proliferar com maior capacidade de invasão a outros órgãos.

 

Situação de emergência

O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon (PSL), após reunião com as secretarias e órgãos competentes, decidiu decretar de situação de emergência na cidade e no interior, em decorrência do comprometimento no abastecimento de água. Além de pouca chuva, a precipitação tem sido esparsa e mal distribuída, o que dificulta ainda mais as atividades produtivas, lavouras, produção animal, entre outros. Dados da Epagri mostram que a estiagem no mês de setembro, provocou a menor precipitação do mês dos últimos 51 anos, com apenas 40 mm de chuva em Chapecó.

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