Ivete sempre esteve ao lado do falecido ex-senador.

Nascida em Brusque, mas joinvilense por adoção, Ivete Marli Appel da Silveira, sempre teve uma vida ligada as ações sociais e as movimentações do MDB, partido em que seu falecido esposo, o ex-senador e governador, Luiz Henrique da Silveira, foi uma das principais lideranças.

Após a morte do senador, Ivete seguiu com a sua rotina de trabalhos sociais, encontros com o MDB Mulher, mas principalmente com os compromissos com a família, sobretudo com os netos e os filhos Cláudio e Márcia da Silveira, que acompanhada do esposo Ronaldo, geralmente almoça com a viúva que se tornou a primeira-suplente do senador, Jorginho Mello (PL).

Ontem ao final da tarde, batemos um papo para falar sobre a política, o cenário eleitoral e a avaliação do governo de Udo Döhler (MDB).

SC em Pauta – O que a senhora sentiu ao saber que o ex-presidente do MDB de Joinville, Cleonir Branco, um dos principais aliados do senador, Luiz Henrique da Silveira, deixou o partido?

 Ivete Appel da Silveira – Eu senti muito, pois o Cleonir é uma das figuras mais inteligentes do partido. Ele é uma pessoa que sempre discutia tudo com muita clareza, coerência, senti muito. Ele se indispôs com algumas pessoas e ficou magoado. Foi uma perda muito grande para o partido.

 

 SC em Pauta – Com quem foi essa indisposição que o Cleonir Branco teve?

 Ivete Appel da Silveira – Eu não sei dizer, mas ele ficou muito magoado, não foi de hoje.

 

SC em Pauta – Como a senhora avalia o atual momento do MDB?

 Ivete Appel da Silveira – O MDB de anos atrás era mais aguerrido, mais vibrante. Era visto nas campanhas e nas reuniões partidárias que eram cheias de gente. Hoje está acanhado, mas com a presidência do Celso Maldaner que está percorrendo as cidades, o espírito do antigo MDB está sendo retomado. Também tenho comparecido as reuniões das mulheres e elas estão muito atuantes. Aos poucos o MDB vai vingar de novo, vai conseguir reviver o antigo MDB.

 

SC em Pauta – Algumas movimentações que a senhora tem feito foram vistas como uma possibilidade da senhora aparecer como candidata. A senhora pode ser candidata na próxima eleição?

 Ivete Appel da Silveira – Não pretende ser candidata no próximo ano. Eu já fiz a minha parte e continuo trabalhando, ajudando as pessoas necessitadas e algumas entidades. Não estou sem fazer nada, pelo contrário, faço o trabalho de formiguinha e não preciso me candidatar para trabalhar.

 

SC em Pauta – Mas se o partido lhe chamar?

 Ivete Appel da Silveira – Se chamarem eu direi que não.

 

SC em Pauta – Na sua opinião, quais os melhores nomes do partido para a eleição do próximo ano em Joinville?

 Ivete Appel da Silveira –Ainda não tenho em mente uma pessoa, tem vários nomes, mas para ganhar a eleição ainda é muito prematuro. As pessoas terminam uma eleição e já começam a lançar os seus nomes, isso tudo tem que ser na época própria, no próximo ano. No ano que vem se você fizer essaa pergunta eu posso dizer, mas por hora é difícil dizer quem teria chance. Também tem que ver os outros partidos.

 

SC em Pauta Uma pessoa que era muito próxima ao ex-senador Luiz Henrique, o ex-presidente da Celesc, Cleverson Siewert, tem sido lembrado para a disputa a prefeito de Joinville, o que a senhora acha?

 Ivete Appel da Silveira – O Cleverson é uma pessoa correta e muito trabalhadora. Ele seria um bom nome, mas não sei se ele aceitaria. O Cleverson é uma pessoa mais empresarial, ele não é tão político, mas realmente não sei se ele teria vontade.

 

SC em Pauta A senhora pode avaliar o governo do prefeito de Joinville, Udo Döhler?

 Ivete Appel da Silveira – O Udo está trabalhando muito. Muita gente terá uma grande surpresa, pois ele é igual a mineiro, vai trabalhando quietinho e depois vai ter o resultado. Ele trabalha muito, tem muitos planos e a hora que esses planos forem realizados, veremos o resultado do trabalho dele.

 

SC em Pauta Na sua opinião, o que ainda é preciso fazer em Joinville?

 Ivete Appel da Silveira – Joinville está em franco desenvolvimento. Talvez deveria ter mais emprego para quem está desempregado, mais escolas, a saúde também apesar dos governos terem demonstrado bastante esforço na construção e reforma dos hospitais. Basicamente isso.

 

SC em Pauta O MDB errou na última eleição estadual?

 Ivete Appel da Silveira – Na última eleição o MDB não errou, não acho que o MDB tenha errado. Era um novo ciclo, o 17 veio com toda a força, era o momento do 17 pois o povo queria uma mudança. Não foi o MDB que errou, o povo queria uma mudança e foi isso o que aconteceu.

 

SC em Pauta Se o senador Luiz Henrique da Silveira estivesse vivo, como ele avaliaria o atual momento da política de Joinville e do país?

 Ivete Appel da Silveira – Ele lamentaria muito que não tenha sido votado o Pacto Federativo. Além disso, ele também defendia a Reforma da Previdência e a Reforma Política. O Luiz Henrique queria a redução dos partidos, para ele, seriam apenas dois. Quanto a Joinville, ele defenderia que mais dinheiro viesse para os municípios e que ficasse menos para Brasília. O prefeito é quem sabe onde precisa investir, sendo na Saúde, Educação e na pavimentação de ruas. O presidente que manda apenas 13% para os municípios não conhece a realidade, mas apenas manda 13% e o prefeito que se vire. A gente não pode imaginar Joinville que é a maior cidade do estado, a que mais arrecada, ter os mesmos 13% dos municípios menores. Quem mais arrecada deveria receber mais do Estado e de Brasília, que repito, deveria ficar com menos. O prefeito poderia fazer muito se os recursos viessem em um percentual maior.

Ivete levou o MDB a apoiar Jorginho Mello ao Senado.

SC em Pauta Com essa visão, a senhora deseja ter a oportunidade de assumir no Senado caso o titular, o senador Jorginho Mello (PL), lhe abra essa oportunidade?

 Ivete Appel da Silveira – Eu tenho o desejo de assumir. Há com certeza, se ele me der essa oportunidade, vou honrar e muito o nome do Luiz Henrique, das pessoas de Joinville que votaram no Jorginho Mello e no meu nome. Eu sou muito conhecida aqui, em Brusque e em várias cidades da região. Gostaria de ter a oportunidade de em algum momento, fazer algo por eles no Senado.

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