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Ontem o deputado estadual, Rodrigo Minotto (PDT), se manifestou a respeito do processo de impeachment. Confiante, disse que a questão não é o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), conseguir os 14 votos necessários para barrar a admissibilidade do processo, mas, sim, desafiou os favoráveis ao impedimento a obter os 27 votos necessários.

Duas coisas quase passaram desapercebidas. Minotto, parlamentar fiel a Moisés e que conta com a permanência do atual governador, por ser o seu cabo eleitoral na disputa à Prefeitura de Criciúma, admite indiretamente que não há 14 deputados para barrar a continuidade do processo, mas, ao mesmo tempo, entrega uma das estratégias construídas na Casa D’Agronômica para salvar Moisés.

A conta é simples: nas abordagens aos parlamentares, primeiro há uma tentativa de entender se é possível obter o apoio, ou não. Caso a conversa se torne difícil, aí vem a grande jogada. É dito que para não ter problema com as bases, não é necessário votar contra a admissibilidade do impedimento, basta se abster de votar, ou não comparecer. É essa estratégia maquiavélica do governo, para cooptar parlamentares oferecendo o atendimento a pedidos em prol das regiões. O jogo é aberto, me dê o que eu quero, e terás o que deseja.

Eu quero só observar os deputados que votarem a favor de Moisés, ou se abstiverem, se terão a coragem de enfrentar as suas bases e o que dirão aos seus eleitores, se esse governo chegar a 2022 com o desastre que promete ser. Pode acreditar, eu serei um dos primeiros a apontar.

Os parlamentares precisam pensar de uma forma mais ampla. Aqueles que se fecharem nos seus mundinhos em troca de alguma ação para atender a prefeitos e vereadores de suas bases, em troca de ajuda para barrar o pedido de impeachment, estarão iludidos com a mudança abrupta de comportamento do governador e de sua equipe, o que não é por acaso, é para salvar a própria pele, é pragmática, é egoísta, não é nada a favor de Santa Catarina, nem dos próprios deputados.

Me vem à cabeça neste momento uma velha fábula do “sapo e do escorpião”.  Com medo de atravessar um rio, o escorpião pede ao sapo que o leve nas costas até o outro lado. O sapo demonstra temer levar uma picada, mas o escorpião malandramente, afirma que não faria isso, pois ambos morreriam. Bem no meio do rio, o sapo sente a picada e antes de morrer, vira para o escorpião e diz: “Por que você fez isso, escorpião? Agora nós dois morreremos afogados”. E o escorpião respondeu: “Porque esta é a minha natureza, meu amigo sapo. E eu não posso mudá-la”. Portanto, atenção deputados que levarem Moisés nas costas, não reclamem se lá na frente forem picados também. Além disso, que sejam honestos e revelem o toma lá dá cá, digam abertamente por qual obra ou ação de governo estarão votando, ou se abstendo, afinal, a abstenção é voto a favor do governo, não enganem a população.

 

Fiel da balança

O grande Moacir Pereira escreveu na sua coluna de ontem no ND, a respeito dos emedebistas que discutem sobre o posicionamento do partido em relação ao processo de impeachment. Me chamou a atenção o que disse o senador Dário Berger, segundo Moacir. “Ou tiramos o governador, ou o ajudamos a terminar o mandato. Afinal, Santa Catarina está em estado de choque. A nova política fracassou.” A partir dessa fala fico com o seguinte entendimento: o MDB se optar por votar contra o impedimento, deverá entrar no governo com cargo e tudo, afinal, não teria sentido apoiar e seguir como está. Com Moisés na Agronômica, não existe ajudar o Estado fora do governo, a choradeira começará em poucos meses quando o governador voltar ao seu comportamento normal.

 

Deputados com Moisés?

Os deputados estaduais, Nilso Berlanda (PL), Jerry Comper (MDB), Ana Paula da Silva, a Paulinha (PDT) e o deputado federal, Fábio Schiochet (PSL), acompanharam o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) na visita a Rio do Sul. Foi anunciado o repasse de R$ 90 milhões em investimentos para 36 municípios do Médio e Alto Vale do Itajaí. Com os recursos, estão previstas a pavimentação de vias, ampliação da rede de abastecimento de água e esgoto, melhorias na distribuição de energia elétrica e outras parcerias com as prefeituras da região. Comper e Berlanda, bem que poderiam explicar se as suas presenças foi uma demonstração de apoio ao governador. Schiochet recuperado do Coronavírus fez questão de participar.

 

Pedido

Os deputados federais Daniel Freitas e Caroline de Toni, ambos do PSL, conversaram com o senador, Jorginho Mello (PL). Durante o bate-papo eles pediram a Jorginho, que intervenha junto a bancada de seu partido na Assembleia Legislativa, para que olhe com carinho a situação da vice-governadora, Daniela Reinehr (sem partido), no processo de impeachment. O gesto, pode ser o início de uma reaproximação entre Caroline e Daniela. Já quanto ao PL, dois parlamentares me disseram que o partido deve se unir em torno do apoio ao impedimento. Uma das reclamações que ouvi ontem dos liberais, é que o Governo do Estado segue com a sonegação de informações sobre as despesas na Casa D’Agronômica. Outro ponto, é que o fato do advogado, Filipe Mello, filho de Jorginho, ter assumido a defesa de Daniela, em nada deve interferir na decisão da bancada que seguirá os critérios político e jurídico.

 

Entrevista

Vale a pena para quem ainda não assistiu, que acesse aqui no SCemPauta, a entrevista que o advogado Leandro Ribeiro Maciel, nos concedeu ontem ao vivo no SCemDebate. Maciel construiu junto com Ralf Zimmer Júnior, o processo de impeachment contra o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), vice-governadora Daniela Reinehr (sem partido) e do secretário de Estado da Administração, Jorge Eduardo Tasca. Recebi alguns pedidos e já estava na pauta, o convite que faremos aos advogados do governador e da vice, além do próprio Ralf que ontem não participou, mas que estará no programa nas próximas semanas. O SCemDebate vai ao ar todas as segundas e sextas das 11h às 12h. O programa depois fica à disposição no site para quem quiser assistir.

 

Socorro aos servidores

Há algum tempo venho alertando para a possibilidade de atraso nos salários dos servidores estaduais. Ontem, a equipe do governador Carlos Moisés da Silva (PSL), que participou da audiência pública promovida pela Comissão Especial que acompanha os gastos por causa da pandemia na Assembleia Legislativa, afirmaram categoricamente que se não fosse o auxílio bilionário do Governo Federal, que os salários estariam atrasados. Só um detalhe: esse temor não é de hoje, antes mesmo da pandemia já se falava dos riscos de atraso. A deputada estadual, Ada de Lucca (MDB), que fez o questionamento sobre a destinação dos recursos repassados pela União, se assustou com a situação, pois, se o dinheiro está sendo utilizado para o custeio do Estado, quase não sobrará para o combate a pandemia.

 

IPREV

O auditor fiscal André Luiz de Rezende lançou candidatura à próxima eleição do IPREV, que ocorrerá dentre os dias 05 a 07 de agosto, para a vaga de Conselheiro de Administração. Preocupado com os rumos da previdência e o futuro da aposentadoria do Servidor Público Estadual, Rezende pretende utilizar da experiência adquirida como conselheiro de Estatais e, do fato de ser conselheiro Certificado pelo IBGC para ajudar, controlar, fiscalizar e achar caminhos para  o tema mais importante, segundo ele, para a atual geração de servidores públicos.

 

Pré-candidato com Covid

O empresário e pré-candidato a prefeito de Joinville, Ivandro de Souza (Podemos), informou ontem que está com o Coronavírus. Ele disse que começou a sentir os sintomas na quinta-feira passada, quando já procurou o médico Roberto Becki e deu início ao tratamento. O teste de Souza deu positivo. O empresário disse que está seguindo as orientações médicas e que já se sente melhor. Outro pré-candidato em Joinville que também teve a Covid, foi o deputado federal, Darci de Mattos (PSD), que já retornou às atividades.

 

Vereador com Covid

O vereador de Concórdia, Closmar Zagonel (MDB), segue internado na UTI do Hospital São Francisco. Ele foi diagnosticado com o Coronavírus, após fazer o teste rápido por ter sentido dor de cabeça e apresentado um quadro de febre. Zagonel via WhatsApp informou que vem apresentando melhora, mas que segue na UTI por recomendação médica.

 

Defesa de Joinville

O vereador Rodrigo Fachini (PSDB) pré-candidato a prefeito de Joinville, disse que a falta de apoio do Governo do Estado aos empreendedores, precisa de uma resposta. Ele propôs uma articulação junto a entidades de classe, sindicatos patronais e outros representantes das forças produtivas da cidade, envolvendo ainda deputados estaduais e o prefeito Udo Döhler (MDB), para uma conversa franca com o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), que em busca de se livrar do impeachment, é bem capaz de recebê-los. Uma das ideias de Fachini, é que o BRDE disponibilize uma linha de crédito especial para capital de giro.

 

Transporte interestadual

Agiu corretamente o Governo do Estado, ao liberar a retomada do transporte coletivo interestadual de passageiros. Claro, que todos os protocolos sejam adotados, assim como já acontece nos voos. Mesmo com a responsabilidade sendo da Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade, os municípios podem restringir a medida caso haja algum risco de aumento do contágio. As normas sanitárias e de prevenção para as empresas e passageiros, serão publicadas pela SIE no Diário Oficial do Estado.

 

Consórcios Intermunicipais

Uma grande vitória para a saúde dos catarinenses. Assim o deputado Marcos Vieira (PSDB) comemorou ontem a confirmação por parte do Governo do Estado, do pagamento da emenda de sua autoria, de R$ 20 milhões para os consórcios intermunicipais de saúde. Durante reunião extraordinária da Comissão de Finanças e Tributação, o secretário da Fazenda, Paulo Eli, afirmou que já tem a autorização do governador Carlos Moisés da Silva (PSL) para fazer o repasse. Uma reunião técnica na sexta-feira (7) vai definir os detalhes de como e quando será feito o pagamento.

 

Transparência

O Webinário ‘Transparência em tempos de covid-19’, entre 09h e 11h de hoje, debaterá a qualidade da aplicação dos recursos públicos, com a participação do Observatório Social de Santa Catarina, Rede de Controle da Gestão Pública e Federação Catarinense de Municípios (Fecam). “A pandemia permitiu às prefeituras a dispensa de licitação e as compras em caráter emergencial (lei 13.979/2020), mas, em paralelo, gerou mais facilidades para eventuais desvios, o que está sendo monitorado pelo Observatório Social do Brasil” explica Leomir Antonio Minozzo, presidente do Observatório Social de Santa Catarina.

 

Biguaçu  

O deputado federal Hélio Costa (Republicanos) fez a indicação de recursos financeiros para a aquisição de um veículo escolar que será destinado ao município de Biguaçu na Grande Florianópolis. A importância de R$ 195 mil foi obtida junto ao Ministério da Educação, através do programa Caminho na Escola.

 

Na coluna exclusiva aos assinantes

– Os detalhes da discussão via WhatsApp entre o deputado estadual Rodrigo Minotto e o autor do processo de impeachment, Ralf Zimmer Júnior.

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