O delegado de Polícia da Comarca de Ascurra, Ronnie Esteves, que também responde por Apiúna e Rodeio, teria sofrido uma suposta tentativa de intimidação de uma pessoa ligada ao Governo do Estado.

Segundo me relatou, Ronnie recebeu uma ligação da pessoa que o tentou censurar por causa de uma publicação em uma rede social, em que critica a reforma da Previdência estadual do governo de Carlos Moisés da Silva (PSL), proposta a qual, segundo ele, discrimina os policiais civis em relação aos militares. “Dessa ligação dá para extrair duas conclusões: Uma forma de me intimidar por causa das minhas publicações, algo que eu nem imaginava que estava tendo repercussão, ou, segundo: Foi um pare com essas manifestações, pois algo pode acontecer”, relatou.

Esteves me disse que não quer pensar, que houve uma tentativa do governo de tentar censurá-lo, mas questiona o motivo de terem ligado para ele, se a intenção não era essa. “Não quero pensar que houve uma tentativa do governo de fazer uma censura. Não tenho compromisso com o governo, o meu compromisso é com a sociedade. Esse governo é temporário e, em alguns anos poderemos ter outros governantes”, destacou.

Segundo o delegado, a questão política não lhe interessa, pois não conhece a política estadual, mas afirma que a reforma toca em um ponto sensível para a dignidade dos policiais civis, portanto, não deixará de se expressar em relação ao que chamou como diferença de tratamento, entre as polícias civil e militar. “As polícias exercem funções distintas. A PM tem um papel importante de prevenção, mas o crime acontece e acaba indo para a Polícia Civil investigar”, explicou.

Esteves disse não aceitar que o governo de Carlos Moisés trabalhe com duas categorias: Uma dos Militares e o resto de um outro lado, transformando os integrantes da PM em servidores diferenciados.

Por fim, o delegado relatou que não é a primeira vez que tentam censurá-lo. Há pouco tempo, ao conceder uma entrevista para um canal de TV em Blumenau, soube após que alguém ligado ao governo teria tentado censurar a imprensa. “Questionou o motivo do delegado, no caso, eu, ter recebido espaço para falar”, relatou.

O SCemPauta procurou a assessoria de comunicação do Governo do Estado, mas ainda não houve uma resposta à tentativa de contato.

Impeachment: Distribuindo documentos

Uma fonte relatou que cerca de cinco pessoas, sendo quatro em Santa Catarina e uma em Brasília, receberam pen drives enviados pelo advogado, Ralf Zimmer Júnior, autor do pedido de impeachment do governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), da vice-governadora Daniela Reinehr (sem partido) e do secretário de Estado da Administração, Jorge Eduardo Tasca. Segundo a fonte, nos documentos constam fatos novos que prometem, de acordo com o relato, complicar ainda mais a situação dos citados por crime de responsabilidade, devido ao reajuste concedido por Moisés aos procuradores do Estado. “O Ralf enviou esses documentos até mesmo por uma questão de segurança, ou que as provas não se percam caso aconteça algo”, relatou a fonte.

 

Kuerten com Pedrão

Uma fonte relatou que Alice Kuerten, mãe do ex-tenista Guga Kuerten, deve ser a vice do vereador, Pedro Silvestre (Progressistas), que é pré-candidato a prefeito de Florianópolis. Algumas conversas já foram feitas e no início de fevereiro voltarão a conversar. Liguei para o senador, Jorginho Mello, que preside o PL no estado, partido ao qual Pedrão irá se filiar. Ele confirmou que há conversas com ela, além de outros nomes fortes os quais não quis adiantar.

 

Crítica interna

O secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba, tem recebido algumas críticas internas no governo, de que não estaria sabendo coordenar a interlocução na devida forma. Ele também tem sido criticado por estar se dedicando mais a questões pessoais do que ao trabalho. Não se sabe ao todo, o que se passa nas internas do atual governo, porém, entre os parlamentares a visão é diferente, já que enxergam em Borba, alguém que trabalha muito na articulação com o parlamento, já que Moisés não é afeito ao diálogo.

 

Esquerda reunida

Representantes do PT, PDT, PSOL e PCdoB de Florianópolis, realizaram ontem na nova sede Estadual do Partido dos Trabalhadores, a terceira reunião da chamada Frente Popular de Santa Catarina. O objetivo é construir um projeto para as eleições de 2020 e 2022. Estiveram presentes o presidente do PT-SC, Décio Lima, secretário-geral nacional do PDT, Manoel Dias, vereador do PSOL, Afrânio Boppré, representante do PCdoB, João Ghizoni, além dos membros da Executiva Estadual e o representante da direção Estadual do PDT, Mauricio de Conti.