Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde divulgados no final da tarde desta terça-feira (15), Santa Catarina tem 619.198 casos confirmados de Covid-19, sendo que 591.957 estão recuperados e 20.463 continuam em acompanhamento. Até esta data, 6.778 mortes foram causadas pelo coronavírus. A taxa de letalidade atual é de 1,09%. São 1.272 casos ativos a mais que no último boletim, e há 32 novos óbitos.

Em Chapecó que vive um “colapso” do sistema de saúde, o governador Carlos Moisés anunciou a ampliação de 34 eitos de UTI e 10 leitos de enfermaria na região Oeste. A ativação será de 29 leitos de UTI no Hospital Regional do Oeste, em Chapecó, cinco de UTI no Hospital Regional São Paulo, em Xanxerê, além de 10 leitos clínicos no Hospital Frei Bruno, em Xaxim. A previsão é de abrir as novas vagas até sexta-feira.

Segundo dados do Governo do Estado, desde o início da pandemia foram  ativados 160% a mais de leitos de UTI no estado.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Mauro de Nadal (MDB), acompanhou a visita do governador a Chapecó. A Alesc repassou R$ 20 milhões para o combate a Covid.

Grande Florianópolis também pode colapsar

Outras regiões de Santa Catarina começam a preocupar. É o caso da Grande Florianópolis à beira do “colapso”. Redes pública e privadas de saúde suspendem cirurgias eletivas, correm para a abertura de novos leitos Covid, unidades de terapia intensiva, equipamentos e, é claro, profissionais de saúde. Poucos leitos estão disponíveis.

Mesmo sem definição do Tribunal de Contas sobre a compra antecipada e mesmo sendo a regulação atividade do estado, o prefeito Gean Loureiro (DEM) anunciou a compra de mais 10 leitos no Hospital de Caridade para contribuir com o atendimento à população.

Os especialistas e as experiências vivenciadas em outros países demonstram que somente a criação de leitos não resolve o agravamento da pandemia, porque não contribui com a redução da transmissibilidade. Precisamos evitar que aumente a necessidade pelo atendimento nos hospitais. Novas medidas para o enfrentamento à Covid devem ser analisadas como, por exemplo, a intensificação de vacinação nas regiões com maior incidência da doença.

Outra notícia preocupante: a nova variante do coronavírus pode reinfectar que já teve a doença.

Começa a polêmica Campanha da Fraternidade

E como tudo atualmente também começa com polêmica, nesta quarta-feira (17), às 10h, a Campanha da Fraternidade 2021 com o tema “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor” e o lema “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade”.

Os católicos mais conservadores criticam o que chamam de interferência da esquerda nas definições dos objetivos, a defesa de direitos LGBT, ideologia de gênero, entre outras questões.

A Confederação nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), abrem oficialmente a Campanha da Fraternidade.

Em nota, sobre o texto-base da CFE deste ano, a CNBB afirma que a publicação seguiu a estrutura de pensamento e trabalho do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC), conselho responsável pela preparação e coordenação da campanha da fraternidade em seu formato ecumênico. “Não se trata, portanto, de um texto ao estilo do que ocorreria caso fosse preparado apenas pela comissão da CNBB”, apontam os bispos.

A Campanha da Fraternidade surgiu pela iniciativa de três padres, responsáveis pela Cáritas no Brasil, em 1961, que idealizaram uma campanha com o objetivo de levantar fundos para assistir aos pobres. Deram a esta ideia o nome de Campanha da Fraternidade, que foi realizada pela primeira vez na Quaresma de 1962, na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte.