Segundo o ministro do Superior Tribunal de Justiça, Benedito Gonçalves, na decisão em que manda seguir as investigações contra o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL) no âmbito da Operação Oxigênio, que apura a compra de 200 respiradores junto a Veigamed, os quais nunca foram entregues, a ordem para o pagamento adiantado de R$ 33 milhões teria partido diretamente do governador.

Os investigadores apontam para uma mensagem enviada pelo também investigado, Deivis de Oliveira Guimarães, datada de 26 de março, quando ele informa que “o governador já tinha liberado o processo de aquisição e já tinha mandado para a Secretaria de Fazenda pra solicitar os dados de conta pra fazer depósito”.

Ainda segundo o ministro, a participação ativa de Moisés em todo o procedimento relativo à compra dos respiradores, além dos ex-secretários, Helton Zeferino e Douglas Borba, sugere que todas as irregularidades foram propositais. Outro ponto destacado pelas investigações, para o qual o magistrado chama a atenção, é um dos depoimentos da ex-servidora, Márcia Pauli, quando ela afirma que Borba sempre falava em nome do governador.