O SCemPauta teve acesso a mais um relatório da investigação da Polícia Federal no âmbito da Operação Alcatraz. Segundo o documento, um servidor da Procuradoria Geral do Estado de Santa Catarina teria recebido propina. Consta no relatório assinado pelo delegado, Igor Irigon Gervini, o nome do ex-gerente de Tecnologia da Informação e Governança Eletrônica, Leandro Caetano Abel, que teria supostamente quando ocupou o cargo, recebido dos donos da empresa Intuitiva Tecnologia LTDA, valores mensais para ajudá-los a vencer uma licitação.

O relatório aponta que durante do ano de 2016 até 2018, teriam sido repassados a Abel, R$ 1,5 mil mensais, chegando ao montante de R$ 45 mil. O nome do ex-servidor consta em uma planilha com as iniciais “LA”, que aponta um suposto favorecimento a ele, dado pela empresa Intuitiva, em um certame licitatório que visou a contratação de uma empresa para a prestação de serviços de manutenção, suporte e administração dos sistemas de informática da PGE.

Foram indiciados o dono da Intuitiva, Maurício Rosa Barbosa, a sua esposa, Flávia Werlich, que é sócia da empresa, o representantes comercial, Thiago Sartorato por ter, segundo a PF, colaborado para o esquema de fraude de licitação, além de Paulo Sérgio Lopes, diretor de tecnologia e serviços da empresa One Linea Telecom, com sede em São Paulo e representante da marca Alcatel Lucent.

A acusação contra Leandro é pelo fato de que ele representou a PGE no pregão eletrônico o qual, segundo o relatório da Polícia Federal, foi fraudado com a sua participação.

Procurada, a PGE informou que o servidor Leandro Caetano Abel já havia sido desligado da Procuradoria Geral do Estado no dia 23 de setembro. “Tendo tomado conhecimento na data de hoje (9.10) do encaminhamento feito pela Polícia Federal, a PGE vai adotar as medidas cabíveis”, disse a nota.

Outros empresários também serão chamados a depor.